Em
março, foram criados no Brasil 111.746 postos de trabalho com registro em
carteira assinada.
Em relação ao mês de fevereiro, houve uma queda no saldo de vagas de 25,8%, ou
seja, houve uma desaceleração, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados),
divulgado nesta segunda-feira pelo MTE (Ministério do Trabalho e
Emprego).
Pela
primeira vez desde julho de 2011, foi registrada criação de empregos superior
ao mesmo mês no ano anterior, já que houve uma alta de 20,6% em relação a março
do ano passado. “A criação de 20,6% de postos a mais que em março de 2011
sinaliza o acerto das medidas adotadas pelo governo federal para elevar a
criação de empregos formais”, afirmou o ministro interino do Trabalho e
Emprego, Paulo Roberto Pinto.
O
maior responsável pelo saldo positivo foi o setor de serviços, com a geração de
83.182 (0,53%) vagas formais. O comportamento favorável é oriundo da
expansão do emprego nos seis ramos que o compõem, com saldo recorde para o
subsetor de Ensino e o de Serviços Médicos e Odontológicos.
Por
outro lado, a queda do emprego na Indústria de Transformação, com perda de
5.048 postos (-0,06%) pode ser atribuída, em grande parte, ao desempenho
negativo da Indústria de Produtos Alimentícios, que teve redução total de
25.211 postos no mês (-1,34%).
O
maior impacto para o ramo veio do Nordeste, onde houve perda de 33.704 postos
de trabalho, relacionados particularmente às atividades de Fabricação de
Açúcar.
O
diretor do Departamento de Emprego e Salários do MTE, Rodolfo Torelly, explica
que, nos meses de março, a Agricultura tem, geralmente, um resultado levemente
positivo, mas este ano apresentou uma queda de 17 mil empregos, o que impactou
diretamente a Indústria de Alimentos.
“Esse
foi o principal fator que impediu um resultado positivo para a Indústria, já
que na Indústria de Alimentos foram perdidos 25 mil postos de trabalho”.
A
queda do emprego na Agricultura (-17.084 postos ou -1,09%) originou-se de
movimentos negativos e positivos em seus ramos de atividade. Entre os
desempenhos negativos em destaque estão o Cultivo de Laranja (-9.693 postos),
Cultivo de Frutas de Lavouras Permanentes, exceto Laranja e Uva (-5.001 postos)
e Atividades de Apoio à Agricultura (-3.265 postos). Já o desempenho positivo
em destaque é o Cultivo de Cana-de-Açúcar (+4.525 postos).
Por
outro lado, os ramos industriais que se sobressaíram positivamente, em termos
absolutos, foram: Indústria da Borracha, Fumo e Couros (+5.460 postos ou
+1,57%), Indústria de Calçados (+3.919 postos ou +1,10%), Indústria Química
(+3.335 postos ou +0,36%), Indústria Têxtil (+2.728 postos ou +0,27%) e
Indústria de Materiais Elétricos e Comunicação (+2.090 postos ou +0,67%). A
Indústria de Papel e Papelão (-354 postos ou -0,09%) e a Indústria de Material
de Transporte (-143 postos ou -0,02%) evidenciaram leve queda no emprego.