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A
Polícia Militar de Itajobi, região de São José do Rio Preto, prendeu nesta
terça-feira um agricultor que atirou contra seus três cães, matando dois e
ferindo outro. Álvaro José Pasiani, de 33 anos, fez os disparos à queima roupa,
na cabeça dos animais, com uma espingarda calibre 32. Ele foi autuado em
flagrante por posse ilegal de arma e indiciado por crime de maus-tratos aos
animais.
O
caso aconteceu no sítio Água Limpa do Cervo, de propriedade de Pasini, no
distrito rural de Nova Cardoso. "Os PMs receberam uma denúncia anônima
informando que o dono do sítio teria matados seus cães", contou o soldado
Messias José da Silva, da PM de Itajobi. Ao chegar na propriedade, os agentes
encontraram os cães caídos debaixo de uma moita de bambu; dois deles, da raça pastor
alemão, estavam mortos e um terceiro, pastor belga, ainda vivo.
"Ele
(Pasiani) disse aos colegas que atenderam à ocorrência que tinha decidido matar
os três animais porque eles estavam atacando o rebanho de carneiros e seus
frangos", contou Messias. Segundo os PMs, Pasiani disse que os cães haviam
comido quatro carneiros e 33 frangos, causando um grande prejuízo no sítio. No
entanto, ao ser indiciado pelo delegado Waldir Baldo Neto, já na delegacia de
Itajobi, o agricultor deu outra versão, segundo o escrivão Luís Antonio
Boquichi. "Aqui na delegacia ele contou que os cães estavam muito doentes
e por isso tinha decidido sacrificá-los", contou Boquichi.
Pasiani
teve apreendida sua espingarda Rossi calibre 32 e foi preso em flagrante por
posse ilegal de arma, crime previsto no artigo 12 da lei 10826/03. O agricultor
pagou uma fiança de R$ 1.090,00 e foi liberado para responder em liberdade.
"E também vai responder pelo crime de abuso de animais, de acorddo com o
artigo 32 da lei 9605/98", contou o escrivão.
Contatado
pela reportagem, o agricultor não quis dar entrevista. "Eu não tenho nada
a declarar", afirmou.
Cão
corre risco de morrer
O pastor belga que sobreviveu foi encaminhado a uma clínica veterinária de
Itajobi. Segundo a médica veterinária Andreia Ambrizzi, o cão levou um tiro
próximo do ouvido direito e corre risco de morrer. "Ele teve as funções
neurológicas afetadas e por isso não consegue caminhar direito".
Andreia
disse ainda ser cedo para avaliar as condições do animal, mas já se sabe que
dificilmente ele poderá passar por cirurgia para retirada do projétil, que
ficou alojado na cabeça. "Ele está numa baia, conseguiu se virar e comer
um pouco de ração e beber água. As próximas horas serão decisivas para sabermos
a extensão do ferimento", completou.
A
médica-veterinária afirmou que o animal está em bom estado de saúde, assim como
estavam os outros que foram mortos, o que vai contra uma das versões
apresentadas pelo agricultor. O soldado Humberto Felipe Reis, um dos PMs que
atenderam a ocorrência, se apresentou para adotar o cão assim que o animal
receber alta do tratamento na clínica veterinária.
* Com informações do Portal Terra
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