Andradinense é primeira brasileira a receber íris artificial

Andradinense é primeira brasileira a receber íris artificial

Patrícia de 21 anos  é considerada a primeira brasileira a receber uma íris artificial siliconada. Foto: reprodução/ Folha da Região de Araçatuba

 

A andradinense Patrícia Neves de Souza começa a ver o mundo agora de forma mais nítida, graças a um implante de íris em seus dois olhos. Patrícia, hoje com 21 anos, é considerada a primeira brasileira a receber uma íris artificial siliconada, fabricada na Alemanha, nasceu com a doença congênita chamada aniridia (falta total ou parcial da íris).  As informações são da Folha da Região de Araçatuba.


"Eu não tinha a 'menina dos olhos', meus olhos eram totalmente da cor castanho escuro, não tinha definição da pupila", disse ela, que nasceu com seis meses de gestação. "Acho que por causa disso não deu tempo de formar totalmente o olho." Ela conta que quando era recém-nascida tinha que ficar sempre num quarto escuro por causa da luminosidade. "Meu olho ficava sempre para cima", disse.

 

“Eu e meus dois irmão não puxamos o olho azul da minha mãe, por isso escolhi essa cor, e adorei”, disse Patrícia sobre a escolha da cor dos olhos.  “Eu enxergava tudo embaçado, era difícil até atravessar uma rua”. Patrícia acabou de sair do terceiro ano do ensino médio e ainda escolhe a carreira que quer seguir.

Aos três anos, veio o diagnóstico da doença, junto com a descoberta de miopia de grau alto e catarata congênita e, desde então, os óculos sempre foram seus companheiros. Ela foi acompanhada por um oftalmologista de Andradina, cidade onde mora, e há pouco mais de um ano, foi encaminhada para tratamento com o médico Carlos Gabriel Figueiredo, responsável pelo implante da íris.

 

 A SBO (Sociedade Brasileira de Oftalmologia) afirmou ao jornal Folha da região ontem que esse tipo de cirurgia já é feito há alguns anos, mas que o produto importado da Alemanha pode ser inovador e o primeiro no país. A cirurgia custou cerca de R$ 18 mil para a família. Além da íris, Patrícia corrigiu a miopia e a catarata.

 

Figueiredo acredita que não deve chegar aos 100% da visão porque, geralmente, a aniridia tem algumas atrofias. Atualmente patrícia consegue enxergar 60 %, devido a cirurgia ser recente. “O trabalho que fizemos foi para deixar o grau o menor possível”, completou. 

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