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O
escândalo do reúso de lençóis, jalecos e fronhas de hospitais por confecções em
várias regiões do País chegou a São Paulo, escancarando a falta de controle
para esse comércio. Um comerciante da região do Brás, no centro de São Paulo,
foi acusado pelo dono da loja Agreste Tecidos, em Ilhéus, na Bahia, de vender
tecidos com logomarcas de vários hospitais brasileiros. As autoridades
suspeitam que o material seja lixo hospitalar, pois algumas peças apresentavam
manchas, de acordo com a polícia baiana. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A
carga, cerca de 800 quilos de tecidos bordados com nomes de diferentes
hospitais, foi apreendida na Agreste Tecidos quinta-feira pela Delegacia de
Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) e pela Vigilância Sanitária de Ilhéus. O
comerciante paulista Geraldo Monteiro da Silva confirma que vendeu retalhos de
tecidos com logomarcas de hospitais para a Agreste Tecidos, mas negou à
reportagem que comercialize lixo hospitalar e apresentou em sua defesa notas
fiscais de compra de "sucata têxtil". Segundo ele, a Agreste deve ter
comprado de outro fornecedor uma parte do lote, supostamente de lixo
hospitalar, e quer jogar a responsabilidade a terceiros.
Embora
a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) faça uma distinção clara
entre o que é lixo hospitalar - lençóis sujos e contaminados, que devem ser
incinerados - e lixo comum, como são classificados lençóis e jalecos de
hospitais que passam por processo de desinfecção e podem ser revendidos, as
confecções não usam certificados de origem ao vender esse material para o
varejo. Com isso, fica impossível saber se os tecidos trazem risco ao
consumidor.
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