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Além
de ficarem com o trabalho mais pesado, uma pesquisa feita por especialistas do
Hospital Saint Thomas, em Londres, indica que trabalhadores manuais, de classe
social mais baixa, parecem envelhecer mais rápido.
O
estudo, realizado em parceria com cientistas norte-americanos leva a crer que
fatores ainda inexplicados, entrariam em jogo no processo de envelhecimento –
além dos já conhecidos como saúde, alimentação e exercício físico.
Para
os envolvidos no trabalho, o “x” da questão estaria no vilão dos tempos
modernos: o estresse. E o causador deste inimigo seria a baixa auto-estima, a
falta de controle sobre a vida pessoal dessas pessoas e a insegurança no
trabalho. Esses fatores poderiam provocar um aumento nos níveis de estresse
oxidativo no corpo, fazendo as células envelhecerem mais rápido.
Na
realização do trabalho, os cientistas recrutaram 751 duplas de mulheres
britânicas gêmeas, idênticas e não-idênticas, com idades entre 18 e 75 anos.
Eles analisaram os telômeros dessas mulheres (estruturas que protegem os
cromossomos e que, na divisão celular, se encurtam a tal ponto que não se
regeneram, causando o envelhecimento).
O
grupo de trabalhadoras manuais apresentou telômeros mais curtos, indicando um
envelhecimento de, em média, sete anos a mais em comparação com as demais, que
realizavam trabalhos mais leves. Os cientistas compararam também os
comprimentos de telômeros em 17 casais de gêmeas com 47 anos de idade, criadas
juntas, mas que, quando se casaram, passaram a integrar classes sociais
diferentes. Em doze dos casais, a diferença no índice de envelhecimento foi
ainda maior, subindo para nove anos.