Os preços das terras
mantiveram-se praticamente estáveis no Brasil nos últimos três meses, apesar do
bom momento do mercado de commodities agrícolas, de acordo com a quarta edição
do Relatório de Terras da Scot Consultoria. Segundo o analista Alex Lopes, a
indefinição legal tem segurado a valorização das áreas de agricultura e
pecuária nas principais regiões produtoras. "As restrições de compra de
terras por estrangeiros e a demora na aprovação do Código Florestal têm freado
os negócios e os preços", disse.
Na região, de
Araçatuba/Andradina, no oeste paulista, a área agrícola chega a custar R$ 14,8
mil/ha, em média. Já áreas de pastagem ficam por R$ 11,8 mil/ha.
O analista da Scot diz que a
procura por terras nas áreas de fronteira agrícola, onde o valor do hectare é
mais baixo, é intensa, mas poucos negócios têm sido concretizados. "O
Código Florestal pode mudar muita coisa e as pessoas estão esperando pela
definição da nova lei". Entre essas áreas ele cita o Maranhão, Tocantins,
Piauí e Bahia, região conhecida por Matopiba. "São Estados onde as terras
não são tão caras quanto no Sul, Sudeste e Mato Grosso, mas ao mesmo tempo têm
maior restrição ambiental."
Na Bahia, por exemplo, áreas na região
do Vale do São Francisco custam, em média, R$ 2,3 mil por hectare. Em Feira de
Santana, região mais próxima à capital, Salvador, o hectare para pecuária vale
R$ 5,3 mil.
Já em Sorriso, médio-norte de Mato
Grosso, um hectare para agricultura sai por R$ 10,8 mil. Em Colíder, no norte
do Estado, o hectare de pastagem custa R$ 3,2 mil e, para agricultura, R$ 6,7
mil.
* Com informações do Jornal O Estado de São Paulo