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Ilha Solteira,
concluída em 1978, é a maior hidrelétrica do estado de São Paulo e a terceira
maior do Brasil. Em conjunto com a Usina de Jupiá, compõe o
sexto maiorcomplexo hidrelétrico do mundo (Foto: Cesp/Divulgação)
Após a definição sobre as concessões do setor elétrico que vencem a partir de 2015, o governo de São Paulo voltará a investir na Cesp ou vai privatizar a empresa, disse o presidente da empresa, Mauro Arce, à Reuters nesta quarta-feira. As informações são de Carolina Marcondes.
Embora Arce diga que não existe nenhuma discussão, no momento, a
respeito da venda da companhia ou mesmo de investimento do Estado para ampliar
sua capacidade de geração, ele lembra que "a vontade de vender (a Cesp) no
passado já se manifestou três vezes" -em tentativas fracassadas do governo
paulista de se desfazer da empresa.
"(A privatização) não está sendo discutida agora porque tem que
resolver essa questão antes... Em toda a minha gestão aqui estou me dedicando
mais a isso do que qualquer outra coisa."
Em
julho de 2015 vencem em definitivo pelas leis atuais as concessões de Ilha
Solteira (3.444 MW) e Jupiá (1.551 MW) -que juntas respondem por dois terços do
parque gerador da Cesp.
O diretor financeiro e de Relações com Investidores da Cesp, Vicente Okazaki,
levanta ainda outro ponto passível de questionamento: a legislação considera 30
anos de concessão e 20 anos de prorrogação contados a partir do início da
construção das usinas, e não do começo efetivo da operação -quando o
empreendimento passa a gerar receita.
Se o prazo levasse em conta o início da geração de energia pela usina, a
concessão de Ilha Solteira terminaria apenas em 2023, enquanto a de Jupiá em
2019.
Na gestão de Arce como secretário estadual foram privatizadas
Elektro, CPFL, AES Tietê e Geração Paranapanema.
A última empresa de energia privatizada foi a Cteep. O presidente da
Cesp também respondeu pelo leilão de concessão de rodovias paulistas.
"No setor elétrico eu vendi tudo, menos a Cesp."
A última tentativa de se privatizar a geradora aconteceu em 2008, mas os
interessados abandonaram o leilão. "O argumento era o do mercado, e o
mercado não queria por causa das concessões (que iriam vencer)."
"Mas em 2006 a gente convenceu as pessoas de que era uma boa
comprar a Cteep", afirmou, lembrando que as concessões de parte dos ativos
da transmissora, controlada pela colombiana ISA, também terminam em 2015.
Se a opção for por não privatizar a Cesp, Arce disse que o governo
paulista não terá outra opção que não investir no crescimento da companhia.
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