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Foto: Divulgação
As emissões de gás carbônico no Estado de São Paulo
cresceram 58% entre 1990 e 2008, de acordo com o inventário de emissões de
gases de efeito estufa, divulgado na manhã de hoje pelo governo do Estado. No
período analisado, as emissões saltaram de 60,7 milhões de toneladas de CO2
para 95,7 milhões de toneladas de CO2.
A principal fonte de emissões no Estado é o setor de
energia, onde está inclusa a queima de combustíveis fósseis pelo segmento de
transportes. Em 2008, o setor energético foi responsável por emitir 85,3
milhões de toneladas de CO2. Entre 1990 e 2008, as emissões deste setor
cresceram 51%. A segunda principal fonte de emissões em 2008 foi o setor
industrial, com 12,2 milhões de toneladas de CO2. Entre 1990 e 2008, a variação
deste setor saltou 260%.
O inventário de emissões de gases de efeito estufa do Estado
de São Paulo é o ponto de partida para que sejam detalhadas as metas com que
cada setor terá que se comprometer para o cumprimento da lei estadual de
mudanças climáticas, aprovada pela Assembleia Legislativa em outubro de 2009 e
regulamentada por decreto no ano passado. A lei número 13.798/2009 prevê que o
Estado reduza suas emissões de gases que provocam o aquecimento global em 20%
até 2020, com base nos dados de 2005.
Para cumprir a lei, o Estado precisará reduzir a emissão de
cerca de 17,7 milhões de toneladas de CO2 até 2020, de acordo com os dados
divulgados hoje. Esse número representa uma estimativa abaixo dos 28,6 milhões
de toneladas de CO2 divulgados no ano passado. Segundo João Wagner, coordenador
do Programa Estadual de Mudanças Climáticas (Proclima), a revisão ocorreu
devido a uma nova estimativa dos gases de efeito estufa liberados pelas
mudanças no uso do solo. "Isso se deve à área verde crescente em São
Paulo, por meio de preservação de florestas, e maiores áreas de proteção
permanente."
Dividido em cinco grandes áreas - energia, agropecuária,
indústria, mudanças no uso da terra e resíduos -, o inventário seguiu a
metodologia de medição de gases de efeito estufa do Painel Intergovernamental
de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês). "Não há como controlar
a emissão de gases sem um inventário", disse Josilene Ferrer, secretária
executiva do Proclima.
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