Foto: Divulgação
Elizabeth Taylor, de 79
anos, morreu na manhã desta quarta-feira, dia 22.
De acordo com informações da "ABC News",
a atriz estava internada no hospital Cedars-Sinai Medical Center, em Los
Angeles, desde o início de fevereiro devido a complicações cardíacas.
Um comunicado conta que ela estava cercada pelos
filhos Michael Wilding, Christopher Wilding, Liza Todd e Maria Burton, e deixa
10 netos e quatro bisnetos.
Em 2009, Taylor havia sido submetida a uma
cirurgia para substituir uma válvula defeituosa no coração.
O site oficial de sua fundação, a Elizabeth Taylor
Aids Foundation, que arrecada e distribui fundos para organizações que
trabalham em prol dos portadores de HIV, traz uma mensagem de pesar: "Nós
lamentamos a perda da lendária atriz, empresária e ativista destemida Elizabeth
Taylor".
Carreira, amores, paixões e fama
Elizabeth Rosemond Taylor, conhecida como Dama
Elizabeth Taylor, Liz Taylor ou apenas Liz, nasceu em 27 de fevereiro de 1932
em Londres, na Inglaterra, mas mudou-se para os Estados Unidos em 1939. Começou
a carreira cinematográfica ainda criança, quando foi descoberta aos dez anos.
Contratada pela Universal Pictures filmou “There's
One Born Every Minute”, no papel de Gloria Twine, mas não teve o seu contrato
renovado. No ano seguinte participou da série “Lassie” e no pequeno papel de
Priscila, apaixonou-se pela profissão.
Evoluindo como atriz talentosa e respeitada pela
crítica, nos anos 50 filmou dramas, como “Um lugar ao Sol” (1951), “Assim
Caminha a Humanidade” (1956) e “A Última Vez Que Vi Paris” (1954) e se tornou
muito amiga de Rock Hudson, Montgomery Clift e Van Johnson e Donna Reed.
Ao longo de sua carreira – foram 66 filmes – Liz
Taylor foi, sem dúvida, reverenciada como uma das mulheres mais bonitas de
todos os tempos. Foi desejada por muitos homens, que sonhavam com aqueles
traços delicados e olhos de cor azul-violeta, emoldurados por sobrancelhas
espessas de cor negra.
Assumidamente apaixonada por joias, uma vez, o
amigo e mágico David Copperfield, convidou-a para uma das apresentações e fez
sumir das mãos um dos seus anéis favoritos. Liz, simpaticamente, e aos gritos,
divertiu a plateia manifestando um momento de desespero ao ver o anel sumir. A
joia foi devolvida, claro.
Fez fama também pelos inúmeros casamentos (teve
sete maridos e se casou oito vezes), sendo o mais comentado o com o ator inglês
Richard Burton, notório pelo alcoolismo, com quem se casou duas vezes e fez
duplas em vários filmes nos anos 60, como o antológico “Cleópatra” (1963), o
dramático “Quem tem medo de Virgínia Woolf?” (1966), “Os Farsantes” (1967) e a
“Megera Domada” (1967).
Venceu duas vezes do Oscar da Academia como Melhor
Atriz, o primeiro em 1960 pelo papel Gloria Wandrous em “Butterfield 8” e
“Quem tem medo de Virgínia Woolf?” (1966) como Martha. Recebeu outras três
indicações – em 1958, por "A Árvore da Vida"; em 1959, por "Gata
em Teto de Zinco Quente"; e em 1960, por "De Repente, No Último
Verão".
Amiga de Michael Jackson, o Rei do Pop chegou a
dedicar vários de seus trabalhos, inclusive a canção "Liberian Girl".
Foi pioneira no desenvolvimento de ações filantrópicas, levantando fundos para
as campanhas contra a AIDS a partir dos anos 80, logo após a morte de Hudson.
Em 2001 recebeu do então presidente Bill Clinton,
a segunda mais importante medalha de reconhecimento a um cidadão americano: a
Presidential Citizens Medal, oferecida pelos seus vários trabalhos
filantrópicos.
Nessa época se agravaram os problemas de saúde,
ganhando peso e sendo levada a internações recorrentes em hospitais. Lutou por
anos contra a dependência das drogas, do álcool e dos distúrbios alimentares.
Mas foi por sua beleza estonteante, seu talento e
seus dramas na vida real que Liz será lembrada. Casou e posou ao lado de
diversos namorados e amantes. Foi apaixonada pela vida, pela profissão e pelas
joias. Viveu intensamente.