A presidenta da República, Dilma Rouseff, afirmou hoje (17) que o
Brasil irá perseguir a autossuficiência na produção de fertilizantes, insumos
essenciais na produção agrícola e que influenciam diretamente no preço dos
alimentos que chegam aos consumidores brasileiros. Dilma informou que será
explorada a reserva de potássio localizada na Amazônia, de propriedade da
Petrobras. A reserva é considerada uma das maiores do mundo, segundo Dilma.
“Nos
queremos ser autossuficientes em fertilizantes. É um absurdo importar 60% [do
consumo interno] por que vamos ficar na mão sempre de oscilações muito grandes
do mercado. Vai ter momentos que eles [os fabricantes de fertilizantes] vão
cobrar de nós preço de ouro”, disse ela em discurso na cidade mineira Uberaba,
acrescentando que o Brasil irá investir cerca R$ 11 bilhões na área de
fertilizantes. A presidenta lembrou que durante a crise financeira mundial de
2008, que provocaram a alta dos preços dos alimentos, o governo tomou a decisão
de aumentar a produção brasileira de fertilizantes.
Na
cerimônia em Uberaba foi assinado um protocolo de intenções entre a Petrobras,
o governo Minas Gerais e a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) para a
construção de uma fábrica de amônia na cidade. Assim como o potássio, a amônia
é usada para a produção de fertilizantes e, com a fábrica, a intenção é reduzir
a necessidade de importação de amônia, que atualmente vem, principalmente, de
Trinidad e Tobago e da Venezuela.
A
estimativa da Petrobras é que a fábrica produza 520 mil toneladas de amônia por
ano, tornando a região do Triângulo Mineiro o principal polo de fertilizantes
fosfatados do país, para que atenda a demanda dos estados de Mato Grosso, Goiás
e parte de São Paulo.