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Primeiro,
o terremoto. Depois, o tsunami devastador e ainda, o medo do que não dá pra
ver: a radiação nuclear. As explosões nos reatores da usina de Fukushima 1, no
nordeste do Japão, assustaram o mundo. Três tipos de radiação podem ser
liberados no meio ambiente em acidentes em usinas nucleares.
Existem
as partículas alfa, que geralmente não conseguem ultrapassar a pele de uma
pessoa. são praticamente inofensivas. Já as partículas beta são capazes de
atingir cerca de um centímetro na pele e podem causar queimaduras.
Os
raios gama são os mais perigosos. Atravessam o corpo e deformam as células,
podendo levar a vários tipos de câncer. Este é o grande temor de quem vivia
perto das usinas nucleares no Japão.
Especialistas
em energia nuclear elogiam a rapidez do governo do Japão, que mesmo depois de
enfrentar uma catástrofe, retirou rapidamente os moradores do local.
“Houve
um colapso das comunicações, um colapso da área de transporte, das estradas,
dos serviços públicos, então a remoção foi feita em condições difíceis, mas foi
uma decisão acertada e feita no tempo certo, o que salvou várias vidas”, diz o
engenheiro nuclear da COPPE UFRJ, Aquilino
Senra.
A
radiação - em casos de grande vazamento - pode contaminar a água, o solo, os
animais, tudo o que é vivo. Se um animal come o pasto contaminado e depois
comemos a carne desse animal, estamos trazendo a radiação para dentro do nosso
corpo.
Ainda
não é o caso do Japão. Mas como medida preventiva, foram distribuídas cápsulas
de iodo não radioativo para quem vivia perto das usinas. Com isso, o corpo não
permite a absorção do iodo radioativo, evitando danos ao organismo.
“O iodo vai para a tiróide, daí se distribuir iodo em quantidade para as pessoas tomarem e saturar a absorção da tiróide, o iodo radioativo que vier da contaminação na entra mais”, explica o físico da COPPE UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa.
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