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Segundo uma nova pesquisa americana, a decisão cada vez mais comum por
parte de gestantes e médicos de induzir o trabalho de parto por razões de
conveniência, e não pela necessidade médica, envolve riscos à saúde da mãe e do
bebê. Com informações do New York
Times.
O novo estudo destaca o impacto negativo do método conhecido como “indução
eletiva” para as mulheres que dão à luz pela primeira vez. Esta indução aumenta
as chances de necessidade de uma cesariana, além de oferecer mais riscos de
perda de sangue por parte da mãe e de uma hospitalização mais longa após o
parto, conclui a pesquisa.
“Os benefícios de um procedimento devem sempre
superar seus riscos. Se não existem benefícios para a saúde com a indução do
parto, é difícil justificar realizá-lo de forma eletiva quando sabemos que esta
opção aumenta os riscos para a mãe e para o bebê”, disse Christopher Glantz,
professor de medicina materno-fetal do Centro Médico da Universidade de
Rochester e autor do estudo.
Glantz e seus colegas relataram as descobertas na
edição de fevereiro do periódico norte-americano “Journal of Reproductive Medicine”.
Os pesquisadores ressaltaram que a indução eletiva
em grande parte se tornou um aspecto de rotina dos cuidados do obstetra. Mas
eles advertem que a decisão não está isenta de consequências, já que o processo
não se desenrola da mesma forma como o trabalho de parto natural.
Ao analisar as fichas médicas de 485 mulheres que
deram à luz o primeiro filho no Centro Médico da Universidade de Rochester em
2007, investigadores contataram que cerca de um terço daquelas que optaram pelo
parto induzido teve de passar por uma cesariana, em comparação a apenas um
quinto das gestantes que não realizaram a indução eletiva.
A cesariana é considerada uma cirurgia de grande
porte que oferece riscos de infecções, complicações e mesmo de cirurgias
adicionais. Além disso, foi registrado um total de 88 dias adicionais para cada
100 mulheres que optaram pela indução eletiva, constatou a equipe de pesquisa.
Os bebês nascidos através do parto induzido também
apresentaram maiores riscos de necessitar de oxigênio logo após o nascimento e
de cuidados especiais na unidade de terapia intensiva neonatal.
Mulheres que já tiveram pelo menos um parto podem
não sofrer as mesmas consequências negativas, segundo os pesquisadores. “Se
você já deu à luz uma vez, seu corpo conhece os mecanismos e pode repeti-los”,
disse Glantz.
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