O frigorífico JBS-Friboi, que tem unidade na cidade de Andraidna, divulgou
comunicado ao mercado reforçando que não identificam relação entre a indústria
de carne com a notícia de suspeita de um caso de infecção por doença de
Creutzfeldt-Jakob (DCJ) (Doença da vaca louca), em Campinas (SP).
A Secretaria de Saúde de
Campinas (SP) informou nesta semana, oficialmente, que a principal hipótese
diagnóstica para o caso do homem de 58 anos internado no Hospital Beneficência
Portuguesa da cidade com suspeita de ter a Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) é
a forma clássica esporádica da doença, ou seja, uma mutação neurológica e
degenerativa que afeta o sistema nervoso central, e não a variante conhecida
como mal da vaca louca.
De acordo com informações
do médico neurologista José Claret Silva Abreu, da Secretaria de Saúde de
Campinas e do Hospital Beneficência Portuguesa, a hipótese provável é a de que
o paciente esteja com a doença priônica. "É uma mutação tardia que leva à
alteração da estrutura de uma proteína. Acomete, na maioria dos casos, pessoas
com mais de 50 anos e manifesta-se inicialmente com demência", disse o
médico.
A médica veterinária
Andréa von Zuben, da Vigilância em Saúde de Campinas, afirmou que no Brasil não
há nem nunca houve transmissão do mal da vaca louca em bovinos ou humanos. A
transmissão da doença da vaca louca para o homem ocorre quando há ingestão de
carne ou tecido de origem animal infectados. Segundo a profissional de saúde,
no mundo houve registro de pouco mais de 200 casos em humanos, nenhum com
vínculo epidemiológico no Brasil.
O JBS informou que
"nunca houve um caso de Vaca Louca no Brasil e, de acordo com a
Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), é altamente improvável que ocorra um
caso da doença no País, tendo em vista que o gado no Brasil é estritamente
alimentado a pasto".