Mortes de motociclistas sobem em 15 anos

Estudo
divulgado na revela que, após uma tendência de queda, as mortes em acidentes de
trânsito voltaram a subir. Em 15 anos (1996-2010), a quantidade de mortes
envolvendo motociclistas aumentou mais de nove vezes. Foram 13,4 mil, em 2010,
ante 1,4 mil, em 1996.
O
Mapa da Violência, elaborado pelo Instituto Sangari, avaliou também a taxa de
mortalidade por 100 mil habitantes de motociclistas em 67 países. O Brasil
aparece na segunda posição do ranking, com taxa de 7,1 mortes por 100
mil. Apenas o Paraguai, com taxa de 7,5 por 100 mil apresenta situação
pior.
Para
efeito de comparação, Portugal, que aparece nas últimas colocações, tem taxa de
0,1 morte por 100 mil. Japão (0,8) e Itália (0,9) ficam no meio da tabela. Na
Argentina, o índice é de 1,6.
Levando-se
em conta todos os acidentes, em 2010, 40,9 mil brasileiros perderam a vida em
ruas, avenidas e estradas do país. A taxa de mortalidade é de 21,5 por 100 mil
habitantes.
O
mapa mostra que, com o CTB (Código de Trânsito Brasileiro), que entrou em vigor
em 1997, houve uma queda na taxa de óbitos. Em 2000, o índice chegou a
17,1 por 100 mil.
A
partir do ano seguinte, o índice reverteu a tendência e voltou a subir. Segundo
o sociólogo, Julio Waiselfisz, responsável pelo estudo, se as mortes
continuarem neste ritmo, em 2015, a quantidade de vítimas fatais no trânsito
vai superar a de homicídios.