Andradina: criança de um ano pega leishmaniose

A cidade de Andradina registrou um caso de leishmaniose em um garoto de 1
ano morador do bairro Peliciari. A
confirmação foi feita pela Vigilância Epidemiológica de Andradina. Com
informações do Jornal da Região.
“Realmente temos uma criança – que o nome será preservado -, que contraiu
leishmaniose. O caso foi descoberto no início do mês de setembro e a criança já
está sendo tratada”, explicou a enfermeira Sandra Gomes.
Sandra comentou também que, a Vigilância Epidemiológica já fez o inquérito
humano e o Centro de Controle de Endemias Municipal, coordenado por Jane Ruella
e já providenciou o inquérito humano, que consiste em avaliar se outros animais
de residências vizinhas ou outras pessoas também apresentavam sintomas da
doença para que fossem tomadas as providências corretas em busca de coibir o
alastramento da doença.
O que é?
A leishmaniose visceral é uma zoonose que pode afetar o homem. É
infecciosa, mas não contagiosa. Acomete vísceras, como o fígado e o baço,
podendo ocasionar aumento de volume abdominal.
Qual o microrganismo envolvido?
É causada por protozoário da família Tripanosoma, gênero Leishmania e
espécie Leishmania chagasi.
Quais os sintomas?
Os sintomas mais freqüentes são febre e aumento do volume do fígado e do
baço, emagrecimento, complicações cardíacas e circulatórias, desânimo,
prostração, apatia e palidez. Pode haver tosse, diarréia, respiração acelerada,
hemorragias e sinais de infecções associadas. Quando não tratada, a doença
evolui podendo levar à morte até 90% dos doentes.
Como se transmite?
A LV é transmitida ao homem por meio da picada do inseto vetor (Lutzomyia
longipalpis) conhecido popularmente como "mosquito-palha, birigui, asa
branca, tatuquira e cangalhinha". Esses insetos têm hábitos noturnos e
vespertinos, atacando o homem e os animais principalmente no início da noite e
ao amanhecer.
No Brasil, não há registro de transmissão direta de pessoa para pessoa.
Como tratar?
O SUS oferece tratamento específico e gratuito para a doença. O tratamento
é feito com uso de medicamentos específicos a base de antimônio, repouso e uma
boa alimentação. A droga de primeira escolha para tratamento de casos de LV é o
antimoniato de N-metil glucamina (Glucantime®). Segundo a Organização Mundial
de Saúde (OMS), a dose do Glucantime® deve ser calculada em mg/Sb+5/Kg/dia,
Sb+5, significando antimônio pentavalente. O esquema de tratamento é de 20
mg/Sb+5/Kg/dia por um período de 20 a 30 dias. Para os pacientes graves e
gestantes, a droga de escolha é a anfotericina B, na dose de 1mg/Kg/dia por um
período de 14 a 20 dias, não ultrapassando a dose diária de 50mg. É importante
reforçar que quanto antes o doente procurar orientação médica e tratamento,
maior a possibilidade de recuperação e cura.
Como se prevenir?
As medidas preventivas visam a redução do contato homem-vetor, podendo ser realizadas medidas de proteção individual, dirigidas ao vetor e à população canina, tais como: uso de mosquiteiros com malha fina, telagem de portas e janelas, uso de repelentes, manejo ambiental, através da limpeza de quintais, terrenos e praças, eliminação de fontes de umidade, não permanência de animais domésticos dentro de casa, eliminação e destino adequado de resíduos sólidos orgânicos, entre outras medidas de higiene e conservação ambiental que evitam a proliferação do inseto vetor.