Cabelos: Grávida pode usar tinturas?

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A tradição popular diz que as gestantes não podem tingir os cabelos de maneira alguma. Já a classe médica tem suas dúvidas e o assunto gera muitas controvérsias. O resultado disso? As maiores interessadas, ou seja, as mulheres grávidas, ficam sem saber como agir. Para tentar resolver este problema, convocamos a dermatologista Gisele Barbosa – da Faculdade de Medicina da USP. Além de opinar sobre a questão das tinturas, ela esclarece outros pontos primordiais para as futuras mamães quando o assunto é tratamento capilar.

“Trata-se de um assunto muito controverso, que gera discussões entre dermatologistas e obstetras ou mesmo entre os próprios colegas da mesma especialidade. Cada um terá uma ou outra conduta um pouco diferente em alguns casos. Mas em uma coisa todos concordam e é o que eu digo para minhas pacientes: na dúvida, é melhor a certeza! Se não usar, não correrá risco”, diz a especialista.

As incertezas sobre os efeitos das tintas em gestantes vêm da própria falta de estudos. “Como médicos temos esse cuidado maior, pois os testes de segurança dos cosméticos, por razões óbvias, não são feitos em gestantes. Portanto, com poucos estudos nessa área, fica muito difícil ter certeza absoluta que esses cosméticos capilares não vão ser maléficos em maior ou menor grau”, comenta Gisele.

A médica lembra que nos três primeiros meses de gravidez os riscos podem ser ainda maiores. “No primeiro trimestre de gestação, o bebê está formando as estruturas mais importantes do corpo e, portanto, estará ainda mais suscetível. Assim, nesses primeiros três meses de gravidez, qualquer tipo de clareamento, tintura (principalmente as mais antigas) ou reflexo estão fora de cogitação. A razão é que o couro cabeludo por ser muito vascularizado pode absorver muitas substâncias como os metais pesados (chumbo), amônia, benzeno, formol, entre outras e então, estando na corrente sanguínea da mãe poderia chegar até o bebê”, explica.

Para as mamães que não abrem mão de colorir as madeixas, nem tudo está perdido. Em alguns casos, as luzes e reflexos são liberados. Mas apenas a partir do quarto mês. “O que alguns dermatologistas liberam por ser menos arriscado após esses três ou quatro primeiros meses, período em que as chances de más-formações diminuem são os reflexos e mechas. Mas eles devem ser realizados longe da raiz e com o couro cabeludo protegido por aquela touca furadinha, protegendo contra o contato direto com os produtos químicos”, comenta a doutora Gisele. Por outro lado, ela ressalta que os tonalizantes e a até mesmo a henna – considerada natural – não devem ser utilizados. O primeiro entra em contato com o couro e a henna pode conter outras substâncias capazes de causar dermatites de contato.

Em se tratando de escovas progressivas e alisamentos, o veto é total. “Há um consenso entre os dermatologistas e os obstetras que as escovas progressivas e os alisamentos, ou mesmo os relaxamentos e hidratações que contenham formol (mesmo que teoricamente dentro da porcentagem permitida pela ANVISA) são realmente proibidos”, fala Gisele, que lista a seguir uma série de recomendações para as futuras mamães.

- Se nunca usou tinta, não comece na gestação;
- Se quer retocar a cor, que seja após o primeiro trimestre;
- Prefira os produtos que não entrem em contato com o couro cabeludo, assim diminuem os riscos de terem substâncias que serão absorvidas;
- Faça a prova de reação alérgica (prova do toque) mesmo nos produtos que já estava acostumada a usar antes da gestação; - Não estar com lesões ou coceiras no couro cabeludo;
- Escovas progressivas, alisamentos, relaxamentos e hidratações que contenham formol, independente da porcentagem, estão proibidos;
- Procure produtos de qualidade e profissionais experientes;
- Respeite os intervalos recomendados entre uma tintura e outra;
- Tudo que fizer, comunique seu obstetra.

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