Sabesp inova com uso de impressora 3D na manutenção de equipamentos

Tecnologia permite fabricar rapidamente peças que teriam de ser importadas

Sabesp inova com uso de impressora 3D na manutenção de equipamentos - unidade conhecida como “Oficina da Inovação”, responsável por consertar e, muitas vezes, fabricar peças de grande porte
unidade conhecida como “Oficina da Inovação”, responsável por consertar e, muitas vezes, fabricar peças de grande porte - Foto: Reprodução
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Para tornar o processo de manutenção mais eficiente e garantir o fornecimento de água e a coleta e tratamento de esgoto para a população, a Sabesp tem apostado em soluções tecnológicas que otimizem a manutenção de máquinas e equipamentos. A Companhia tem uma unidade conhecida como “Oficina da Inovação”, responsável por consertar e, muitas vezes, fabricar peças de grande porte - o departamento conta com duas impressoras 3D e em breve receberá a terceira.

Com as impressoras 3D, a equipe de manutenção da Sabesp consegue produzir rapidamente componentes específicos, agilizando reparos, evitando a paralisação de sistemas e reduzindo os custos operacionais. Uma bobina elétrica de um disjuntor industrial que custaria R$ 11 mil e levaria três semanas para chegar ao Brasil, foi fabricada em 3 dias, por R$ 3.300. Um anel de vedação, cuja fabricação custaria R$ 85 mil, foi produzido por R$ 8.000 na impressão 3D, com materiais termoplásticos de alta resistência.

Esses são alguns exemplos dos materiais produzidos na Oficina da Inovação da Sabesp com a ajuda de impressoras em três dimensões. A tecnologia permite aos técnicos criarem as peças de manutenção e reposição usadas nas manutenções de equipamentos mecânicos e elétricos, nas 235 Estações de Tratamento de Água (ETA) e nas 596 Estações de Tratamento de Esgoto (ETE), da Companhia.

Por mês, a equipe de Manutenção Estratégica da Sabesp executa em média 10 serviços de impressão para manutenções de grande porte, preventivas e corretivas. Como em qualquer equipamento pesado, algumas peças precisam ser substituídas periodicamente, enquanto outras necessitam de conserto, mas não se tratam de máquinas comuns, que podem ser encontradas na prateleira de uma loja de materiais de construção.

Nesses momentos, entra em ação a equipe da Oficina da Inovação. “A gente consegue imprimir aqui mesmo peças que antes levariam semanas para chegar. Isso faz diferença no tempo de resposta e na continuidade do serviço prestado à população”, explica Agostinho Geraldes, Diretor de Manutenção Estratégica da Sabesp.

Hoje, o setor conta com uma impressora que produz peças de 300 milímetros cúbicos, do tamanho de um forno micro-ondas. A outra máquina disponível é de 500 milímetros cúbicos, equivalente a um fogão pequeno. Em breve, a unidade receberá a terceira impressora, com capacidade de 1.000 milímetros cúbicos, similar a uma geladeira. O equipamento foi comprado e aguarda liberação alfandegária para ser instalado. O que isso significa?

O novo equipamento imprime protótipos - modelos físicos criados a partir de projetos digitais, geralmente com o objetivo de testar, validar ou demonstrar um produto antes da sua produção, em aço ou bronze, por exemplo -, com materiais em nylon ou polímero reforçado, além de peças prontas para serem usadas, com a capacidade oito vezes maior do que da impressora de 500 milímetros cúbicos.

Na prática, a aquisição trará grandes ganhos operacionais, econômicos e logísticos, permitindo a substituição rápida de peças específicas que saíram de linha ou demoram para chegar por conta da dificuldade de encontrar fornecedores. Outra vantagem é desenvolver a peça sob medida, garantindo que ela funcione perfeitamente.

Mais do que um ganho prático, a Oficina da Inovação representa a importância de estimular soluções criativas e o uso de tecnologia de ponta no setor de infraestrutura. Ela ganha ainda mais relevância com os investimentos que estão sendo feitos pela Sabesp. São mais de R$ 70 bilhões em obras até 2029 para universalizar os serviços de saneamento básico nas cidades em que presta serviços no Estado de São Paulo. Um montante tão alto em investimentos exige uma grande estrutura operacional, com máquinas e equipamentos de grande porte, que têm peças difíceis de serem encontradas.

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