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Em abril, o indicador registrou alta de 0,28% em relação a março e, no ano, o aumento nos preços dos produtos pesquisados é de 2,39%.
O assessor econômico da Fecomercio, Gilson de Lima Garófalo, destaca, entretanto, que apesar do avanço do ICVM em abril, certos produtos têm apresentado custos mais baixos. "Se a feijoada está mais cara, o arroz, a carne seca e batata estão mais baratos", contrapõe.
O grupo alimentação tem sido o principal responsável pelo aumento do ICVM. No mês passado, os produtos alimentícios subiram 0,93% em relação ao mês anterior, devido principalmente ao feijão, que ficou 52,95% mais caro.
Segundo Garófalo, o aumento é explicado pelas chuvas fora de época e pela redução da área de plantio. Apenas nos quatro primeiros meses deste ano, os alimentos tiveram seus preços reajustados em 5,13%.
Os gastos com despesas pessoais também subiram em abril. Na comparação com março, o aumento foi de 0,56%, sendo o preço dos ingressos de jogos de futebol o principal fator para a alta.
Em relação a março, assistir a jogos de futebol ficou 9,17% mais caro. Na comparação com o início do ano, os preços saltaram 32,07%. Por outro lado, assistir peças teatrais e shows de música ficou, em média, 2,68% mais barato.
O custo dos serviços de saúde, por sua vez, aumentou 0,85% em abril em comparação a março, com os preços dos planos de saúde crescendo 0,36% e o dos serviços médicos e laboratoriais, 0,84%. Os remédios e produtos farmacêuticos ficaram, em média, 1,89% mais caros.
"Nos próximos meses, o consumidor ainda deve sentir um novo aumento nos preços de medicamentos, já que a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (órgão do governo federal que controla o reajuste de preços no setor) expediu documento autorizando o aumento de até 4,6% nos preços desses itens", destaca Garófalo.
Os artigos de vestuário foram reajustados em 0,73% no mês passado, refletindo a troca nas coleções com a chegada do frio.
O grupo transportes foi o único que teve variação negativa em abril, recuando 0,44% em relação ao mês anterior. Garófalo explica que esse resultado deve-se, em grande parte, ao fim do período de chuvas e à consequente normalização da oferta de álcool nos postos de combustíveis. Além disso, a retração de 11,16% no preço do etanol causou a diminuição da procura por gasolina, provocando a queda de 1,09% no preço do combustível.
O grupo habitação permaneceu praticamente estável. O incremento foi de 0,06% em abril, inferior ao 0,14% registrado em março. Os gastos com serviços domésticos, condomínio e aluguel tiveram aumento de 0,58%, 0,36% e 0,27% respectivamente.
Os gastos com educação também quase não variaram, fechando abril com a mesma elevação registrada em março, 0,06%.
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