Mulheres que sentem prazer durante o sexo têm mais chances de engravidar

O orgasmo feminino está deixando de ser considerado inútil do ponto de vista biológico. Até hoje, nenhum cientista havia comprovado a relação entre o prazer e a fertilidade feminina. Mas este quadro está prestes a mudar. Uma recente descoberta do pesquisador britânico Robert Winston mostra que as mulheres que sentem mais prazer durante o ato sexual são mais propensas a engravidar.

A primeira vista essa relação pode parecer óbvia, mas na prática não é bem assim. Winston estuda o assunto há mais de 20 anos com o objetivo de descobrir a causa da infertilidade em mulheres saudáveis. Para chegar à conclusão de que o prazer estava vinculado ao sucesso de uma gravidez ele reuniu cerca de 1.000 mulheres britânicas que freqüentavam o centro de infertilidade do Hospital de Hammersmith, na Inglaterra.

Todas elas tinham dificuldades para engravidar e foram voluntárias na pesquisa. Elas foram dividas em três grupos. O primeiro era formado por mulheres absolutamente saudáveis. O segundo por pacientes com bloqueio das trompas e o último com problemas hormonais. As participantes tiveram de responder perguntas sobre sua vida íntima, como a freqüência com que praticavam sexo e que atingiam o orgasmo.

Após analisar os questionários e as características biológicas de cada grupo, o pesquisador concluiu que as mulheres do primeiro grupo (saudáveis, mas inférteis) eram as menos satisfeitas com a vida sexual - muitas nunca haviam atingido um orgasmo. Ou seja: isso poderia reduzir as chances de uma possível gravidez. Durante o orgasmo um hormônio (ocitocina ) é liberado. Ele está associado ao prazer extremo e também às contrações uterinas que auxiliam na entrada dos espermas no útero. A pesquisa ainda não é conclusiva mas, se depender das boas intenções do pesquisador, a próxima campanha contra a infertilidade pode ser em defesa do prazer.