Em alta no Timão, Ralf festeja virada na carreira após passar fome no MA

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Das sete contratações feitas pelo Corinthians no final do ano passado, Ralf foi a menos badalada e a mais barata. Em fim de contrato com o Barueri, o volante chegou ao Timão para ser reserva de Marcelo Mattos em um meio-de-campo recheado de opções. Mas, cinco meses depois, o marcador deixou o concorrente para trás, se firmou como o principal protetor da defesa e caiu nas graças da torcida. Vivendo o melhor momento da carreira, o jogador curte a sensação de ser herói depois de marcar o primeiro gol pelo Alvinegro na vitória sobre o Grêmio, no Olímpico, mas sem esquecer a época de dificuldade, quando chegou a passar fome no Maranhão.

Ralf tem uma história de vida curiosa. Antes de se profissionalizar, passou pelo Taboão da Serra-SP e pelas categorias de base do São Paulo. Reserva nos juniores, acabou liberado pela diretoria e foi se arriscar no Imperatriz, clube da Primeira Divisão do Maranhão. Apesar de atuar na elite do Estadual, conviveu com inúmeros problemas estruturais.

- Chegamos a passar fome no clube. Os jogadores faziam uma “vaquinha” para comprar bolacha e ter algo para comer à noite. Quando havia comida, era só arroz e feijão. Nunca tinha carne. E os jogadores precisam comer bem. Nós sentíamos muito e o rendimento caía bastante – contou.

Se a comida era pouca, o dinheiro também não chegava. Foram mais de três meses sem ver o salário de apenas R$ 800. Além de sobreviver no Nordeste, Ralf usava os vencimentos para ajudar a família, moradora da Grande São Paulo. Entretanto, durante o período mais complicado, teve a ajuda da namorada Gleice para superar a crise e não abandonar o futebol. Eu ajudava meu pai com esse dinheiro, mas não estávamos recebendo. Fiquei mais de sete meses sem voltar para casa. A família da minha namorada me ajudou muito. Ela chegou a levar comida para mim no clube porque não tinha o que comer. Eu pensei muitas vezes em largar tudo, mas ela sempre me deu força para continuar – acrescentou o volante, que pretende se casar quando ela encerrar os estudos.

Os problemas se acumulavam. Outro obstáculo enfrentado por Ralf e o restante do time eram as longas viagens até São Luiz. Como boa parte dos clubes da Primeira Divisão são da capital, o Imperatriz tinha de viajar 520km praticamente toda rodada, sem qualquer conforto e com o perigo das estradas deterioradas.

- Como a estrada era muito ruim, a viagem demorava 12 ou 13 horas. Chegávamos e já jogávamos. Não tinha nem como descansar. Em um jogo da Série C, viajamos 22h para jogar no Piauí – recordou o meio-campista.

A sorte de Ralf começou a mudar em 2007. Por indicação do técnico Pedrinho Rocha, filho do ídolo são-paulino Pedro Rocha, foi contratado pelo XV de Jaú para disputar a Série A-2 do Paulistão. Do interior, seguiu para o Gama passando também por Noroeste e Barueri, até reforçar o Timão. Em grande fase, o volante celebra a guinada na carreira, mas lamenta a eliminação na Libertadores.

- Sei que não cheguei ao Corinthians por acaso. Tenho meus méritos. O ano está sendo muito bom para mim. Só tenho a agradecer. Queria ter continuado na Libertadores, mas agora é pensar no Brasileirão e, quem sabe, conquistar o título – completou.

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