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Segundo ela, as mudanças na distribuição de cargos seguiram o padrão de países como Estados Unidos, Inglaterra e França. "Nós incorporarmos e mantivemos muita gente no segundo escalão", afirmou a ex-ministra em entrevista à rádio CBN --ela é a segunda ouvida, após o tucano José Serra, que falou na semana passada.
Dilma disse que não discorda da indicação de partidos políticos ou nomes para cargos em agências reguladoras. Na semana passada, o pré-candidato do PSDB criticou o loteamento de cargos no governo federal e a indicação política. Ela disse acreditar que as indicações devem cumprir critérios técnicos e afirmou que o governo tem procurado fazer isso.
Ao responder a pergunta da jornalista Mirian Leitão sobre a política fiscal e monetária, Dilma disse considerar uma observação incorreta e "errada no conceito" a afirmação de que errou no passado ao "atropelar" a proposta do ex-ministro Antonio Palocci sobre contenção da dívida. "Nossa dívida líquida caiu", afirmou a pré-candidata, ao comentar o aumento da dívida bruta citada na pergunta.
"Você está pegando uma discussão de 2005. Falhamos. Colocamos investimento na ordem do dia. Mantemos a maior queda da dívida líquida sobre o PIB e no deficit nominal. Fomos interrompidos pela crise, é verdade, mudamos o superavit primário, mas neste ano estamos recompondo", afirmou. "A política fiscal de Lula é de longo prazo."
"Todos os cortes de gastos aprovados pelo esse governo foram aprovados com o meu acordo e todas as metas de superavit primário foram aprovadas com meu acordo", afirmou, lembrando que foi integrante da junta orçamentária.
Sobre a questão previdenciária, a pré-candidata disse que o melhor não é fazer uma grande reforma, mas pequenos ajustes por conta do aumento da expectativa de vida do brasileiro. "Tem que ser uma conversa transparente. Se aumentou o tempo de vida médio do brasileiro, nós temos que mudar as condições que se lastreiam o fator previdenciário."
Já no item sobre os royalties do petróleo, a pré-candidata afirmou que é contra a mudança dos contratos. "Eu fico preocupado quando querem rever situações já consolidadas." No entanto, ela disse que o caso o pré-sal deve ser diferente e os lucros não devem ser só de quem encontra o petróleo. "Tem que distribuir entre quem achou e a nação brasileira", afirmou Dilma.
No início da entrevista, ao falar de relações internacionais, a ex-ministra disse que Lula ganha uma nova dimensão internacional com o acordo nuclear fechado no Irã neste final de semana. "Ele marcou um gol no Oriente Médio."
Dilma disse que o acordo foi mais do que uma vitória da diplomacia do país, mas da política externa do governo Lula.
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