Demanda maior faz Cosan produzir mais etanol

Demanda maior faz Cosan produzir mais etanol

O grupo Cosan, o maior produtor e processador de cana-de-açúcar do mundo, vai destinar cerca de 25 milhões de toneladas da cana processada na safra 2010/11 à produção de etanol. A fim de aumentar em 20% a fabricação do combustível, o grupo quer acompanhar a demanda do mercado brasileiro, que consumiu, em 2009, 26 bilhões de litros do produto e, segundo projeções do setor, até 2020, vai consumir 66 bilhões de litros, um aumento de 153%.O avanço de sua produção projetado pela companhia é mais acelerado que o ritmo de aumento previsto para a demanda. Segundo projeção da corretora SCA, a demanda em 2011 será de 32 bilhões de litros, volume que deverá ser pouco mais de 10% maior que o consumido neste ano.

Pedro Mizutani, presidente de açúcar e álcool da Cosan, afirma que a companhia está preparada para acompanhar a demanda do mercado brasileiro e vai investir cada vez mais na produção do combustível. “Vamos destinar quase metade da cana-de-açúcar processada em nossas usinas para produzir o etanol. A outra parte será para a produção do açúcar, que é hoje é o nosso principal produto”.

No entanto, não está nos planos da companhia deixar a produção do açúcar de lado. Por isso, em 2009, investiu aproximadamente R$ 90 milhões para aumentar a produção do produto. Para a safra 2010/11, a companhia estima crescer entre 15% e 30% e produzir até 4,7 milhões de toneladas do produto.

Duas novas usinas foram recentemente inauguradas pela companhia para aumentar a capacidade de produção de cana. A Jataí, no Estado de Goiás, e a Caarapó, no Mato Grosso do Sul, somadas as outras 21 usinas vão processar, na safra 2010/11, mais de 60 milhões de toneladas, 13% a mais que a safra anterior. Dona das marcas Esso, Açúcar União e Açúcar da Barra, no último ano, a Cosan reforçou sua presença no mercado de açúcar e álcool com novas aquisições e parcerias. Em 2009, o grupo assumiu o controle da Nova América Agroenergia e comprou a rede de posto Petrosul. No começo deste ano, a empresa firmou uma aliança com a Shell, no valor aproximado de US$ 12 bilhões, para potencializar a produção de etanol, açúcar e energia. “E novas aquisições estão nos planos da companhia para os próximos anos”, afirmou Mizutani.Mecanização da colheita

Em 2009, a Cosan investiu R$ 50 milhões na compra de novos equipamentos a fim de mecanizar a colheita da cana-de-açúcar. Até 2014, ano que entra em vigor protocolo socioambiental do setor sucroalcooleiro que proíbe as queimadas nos canaviais, a companhia espera que 90% da colheita sejam feitas pelas máquinas. “O número só não será maior, porque não existem equipamentos que façam colheitas em áreas de grandes declives”, afirmou Mizutani.

Atualmente, a companhia possui cerca de 500 colhedoras e 70% da sua colheita é feita com a ajuda das máquinas. A usina de Jataí, a mais moderna da companhia, já trabalha com colheita da cana 100% mecanizada. A empresa espera que até 2017 todas as safras sejam mecanizadas.

Uma colhedora substitui o trabalho de 60 cortadores de cana, mas, segundo a Cosan, a colheita mecanizada exige que 40 pessoas sejam envolvidas no processo. A companhia possui um programa de treinamento para diminuir demissões no setor e aproveitar o máximo de talentos possíveis.

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