Em ano de crise, álcool é o destaque do mercado, com crescimento de 23,9%

Em ano de crise, álcool é o destaque do mercado, com crescimento de 23,9%

O mercado brasileiro de combustíveis cresceu 5,4% de 2008 para 2009, atingindo a marca de 67 bilhões de litros. Os dados fazem parte do Relatório Anual da Revenda de Combustíveis 2010, divulgado nesta quinta-feira (13/05), pela Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis).

Segundo o documento, o etanol foi o principal destaque do setor, com crescimento de 23,9%. Foram comercializados 16,5 bilhões de litros no ano passado, contra os 13,3 bilhões de litros vendidos em 2008. Já a demanda pela gasolina cresceu apenas 0,9%, atingido 25,4 bilhões de litros.

Paulo Miranda Soares, presidente da Fecombustíveis, prevê que os biocombustíveis responderão por cerca de 70% da demanda veícular entre 2017 e 2018. Para 2010, o setor prevê uma expansão igual ou superior às projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país, estimado em torno de 6%.

"A gente tem aí as descobertas fantásticas do pré-sal, há, sem dúvida alguma, uma perspectiva de crescimento econômico e o setor de combustível – levando em conta que o transporte no Brasil é feito em cima do caminhão – tende a acompanhar o comportamento da economia, com incremento na demanda de óleo diesel no mesmo patamar", explicou Miranda.

Ele também abordou sobre a tendência de estabilização ou até mesmo de queda da demanda de gasolina no futuro, em razão da competitividade do preço do álcool. Além disso, a indústria automobilística teria um grande peso na expansão do etanol, já que "está batendo todos os recordes de produção e tem como destaque os carros flex fluel (que utilizam os dois tipos de combustíveis)", completou.

No planejamento estratégico da Fecombustíveis, imagina-se que, entre 2017 e 2018, o Brasil esteja consumindo 70% de biocombustíveis e apenas 30% de combustíveis fósseis. Os números confirmam essa tendência.

A crise econômica que se alastrou pelo mundo em 2009 paraticamente estagnou o consumo de óleo diesel. A variação foi positiva em apenas 0,2%, de 25,1 bilhões para 25,2 bilhões de litros.

Já o mercado de gás natural veicular (GNV) caiu 10%, registrando 5,7 milhões de metros cúbicos comercializados diariamente no ano passado. O faturamento total do setor de combustíveis chegou a R$ 179 bilhões, 3,6% maior do que os R$ 192 bilhões faturados em 2008.

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