De janeiro a 26 de abril deste ano, o Estado de São Paulo contabilizou 69.148 casos da doença, com 55 mortes, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde. Ao todo, 20 dos 645 municípios paulistas responderam por 72,4% dos casos confirmados entre janeiro e 26 de abril deste ano.
Quem lidera a lista é Ribeirão Preto, com 13.007 casos, seguido por São José do Rio Preto, com 8.604, e Araçatuba, com 6.067. Na Baixada Santista, Guarujá tem 4.719 casos de dengue neste ano e São Vicente, 2.841, de acordo com os dados do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação).
Para o infectologista Renato Grinbaum, da Beneficência Portuguesa, quem estiver em áreas litorâneas deve ter cuidados mais específicos, pois ficará poucos dias na localidade. Por isso, segundo ele, a primeira precaução deve ocorrer na casa onde se pretende passar o feriado.
- Vale usar produtos inseticidas nos ambientes da casa, ter telas nas janelas, tudo para diminuir o número de mosquitos na casa.
Causas da epidemia
Segundo o infectologista Marcelo Nascimento Burattini, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), o grande aumento no número de casos em todo o país acontece por causa de três fatores: retorno da circulação da dengue tipo 1, a temperatura quente e úmida – propicia para a proliferação da larva e do mosquito – e a disponibilidade de criadouros deixados à vista pela população e pela falta de ações de limpeza dos governos.
- O que está acontecendo esse ano é que voltou a circulação da dengue de tipo 1 que há oito ou dez anos não circulava no país. Com isso, você tem um contingente de pessoas que não tem mais imunidade a esse vírus. Nessas condições aumentam o número de casos.
A temperatura típica do verão, quente e úmida, facilita ainda o surgimento dos criadouros e a circulação do vírus sazonal, segundo Burattini.
São Paulo registra quase 70 mil casos de dengue só neste ano
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