A CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) afirma que a Unisanta é um local apropriado para a disputa do Troféu Maria Lenk.
Mas, ao definir o complexo santista como sede da principal competição da natação brasileira, a confederação vai contra o regulamento do evento.
O artigo 8º do capítulo três do documento, que está no site oficial da entidade, afirma que é "[...] indispensável uma piscina para o aquecimento com o mínimo de 25 metros de extensão, com 1,10 m de profundidade mínima, 6 raias, aquecida, iluminação adequada [...]'' para a disputa do torneio.
A piscina auxiliar do evento não conta com todos os requisitos e os competidores precisam se apertar em cinco raias.
O fato de não contar com uma piscina para aquecimento e soltura apropriada é uma das principais reclamações dos nadadores à escolha da CBDA.
Cesar Cielo, recordista mundial dos 50 m e 100 m livre, que já havia feito críticas ao local da competição, voltou a falar que a piscina não é boa após nadar hoje. "Mas não adianta ficar reclamando, pois já estamos no meio da competição e agora não tem mais como mudar."
Mas as críticas não ficaram restritas somente aos competidores brasileiros. O austríaco Markus Rogan, duas vezes medalhista olímpico em Atenas-2004, contratado pelo Minas, disse que é complicado nadar em Santos.
"Pelo menos os nadadores saem da água conscientes que podem ser mais rápidos quando competirem em uma piscina melhor", disse ele, após vencer os 200 m costas com recorde de campeonato (1min58s21).
O presidente da CBDA, Coaracy Nunes, afirmou que a piscina auxiliar tem 20 metros, mas que é suficiente para todos os atletas utilizarem.
O dirigente afirmou ainda que os nadadores contam com "20 fisioterapeutas e um ginásio reservado para massagens". "E lá ainda tem TV para eles acompanharem as provas. Competição não é só piscina."
Sede do Maria Lenk não se encaixa no regulamento da própria confederação
Sede do Maria Lenk não se encaixa no regulamento da própria confederação
