Começa hoje a reunião que decide o futuro dos juros no país

Começa hoje a reunião que decide o futuro dos juros no país

Começa nesta terça-feira (27) a terceira reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que decidirá sobre a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic.

A reunião, tradicionalmente, tem início no final da tarde. São dois dias de reuniões. A decisão sobre os juros, portanto, será divulgada na quarta-feira (28), após o fechamento dos mercados.

A taxa básica está em 8,75% ao ano e a estimativa do mercado, segundo o Boletim Focus do BC, é de elevação para 9,25% ao ano.

Na última quinta-feira (22), o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou que subidas e descidas na taxa de juros são normais, apesar da “tendência cadente” da Selic. Questionado sobre o aumento dos juros, Meirelles afirmou que o BC não faz previsões sobre futuras taxas de juros.

Desde o início do ano, o BC já dá sinais sobre um possível aumento da taxa básica de juros, como forma de segurar a inflação dentro da meta estipulada pelo governo - de 4,5% ao ano, com variação de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

Entenda a Selic

A Selic é chamada de taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como um piso para a formação dos demais juros cobrados no mercado, que são influenciados também por outros fatores, como o risco de quem pegou o dinheiro emprestado não pagar a dívida. Ela é usada nos empréstimos interbancários (entre bancos) e nas aplicações que os bancos fazem em títulos públicos federais.

É a partir da Selic que as instituições financeiras definem também quanto vão pagar de juros nas aplicações dos seus clientes. Ou seja, a taxa básica é o que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos, a um custo muito mais alto. Por isso os juros que os bancos cobram dos clientes é superior à Selic.

Além disso, outras variáveis estão envolvidas na formação das taxas de empréstimos, como a inadimplência, a margem de lucro dos bancos, a carga de impostos sobre operações financeiras e o custo administrativo das agências.

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