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Comum em muitos países, a modalidade de seguro garantia estendida é nova no Brasil. Foi criada em 2005 pela Susep para segurar a reparação ou troca de eletrodomésticos, artigos eletrônicos e eletroportáteis. Até então, a garantia por um período superior ao oferecido pelo fabricante do aparelho era oferecida por algumas redes varejistas em oficinas contratadas ou criadas em suas próprias dependências. A resolução da Susep começou a valer no ano seguinte, e de lá para cá o mercado só cresce.
“Começamos a atuar em 2007 e hoje temos 10% desse mercado”, afirma Valmir Alves da Silva, diretor de negócios da Mafre Seguros. Segundo Silva, no ano passado, a empresa obteve prêmios de R$ 100 milhões. Prêmio é como o setor de seguros chama seu faturamento. Para este ano, a estimativa da seguradora é vender 50% mais, chegando a prêmios de R$ 150 milhões. “Desde o início da operação, já fizemos 4 milhões de contratos, sendo 2 milhões no ano passado. Para 2010, nossa meta é fechar 3 milhões de contratos.”
Pelo seguro de garantia estendida, o comprador de um eletrodoméstico paga entre 5% e 15% do valor do bem. Os mais procurados são seguros para itens da chamada linha branca, como geladeiras, fogões e máquinas de lavar, além de TVs, celulares e máquinas fotográficas. Tradicionalmente, os fabricantes dão um ano de garantia aos seus produtos. O seguro de garantia estendida cobre problemas a partir desse prazo. Podem-se fazer contratos por um ano, dois e até três anos.
Acordo com o varejo
Geralmente as seguradoras fazem acordos com varejistas para oferecer o seguro na hora da compra. A Mafre trem acordos com o Carrefour, com a Fast Shop e com a Gazin, que atua no Sul do País. A Cardif, seguradora do banco BNP Paribas, criou uma companhia seguradora em parceria com a rede varejista Magazine Luiza, a LuizaSeg. Adriano Romano, vice-presidente executivo da Cardif, diz que a parceria começou há cinco anos e evoluiu até a criação da seguradora.
Pelas contas de Romano, a associação com a Magazine Luiza proporciona à companhia cerca de 200 mil contratos por mês. Outros 250 mil são fechados por outras empresas parceiras. No ano passado, essa operação faturou R$ 200 milhões, o que significou aumento de 40% sobre os prêmios de 2008. Para este ano, a previsão da Cardif é vender cerca de 30% mais. “Porém, essa alta será sobre uma base muito maior”, diz.
É o mesmo percentual de crescimento esperado pela Garantec, seguradora do Itaú Unibanco, apontada pelos seguradores como a líder do segmento, com cerca de 70% das receitas. André Rutowitsch, diretor da Garantec, não abre os números da empresa, mas afirma que a previsão para 2010 é faturar entre 25% e 30% mais que no ano passado.
De acordo com Rutowitsch, o primeiro semestre do ano passado foi “ruim”, mas os prêmios vendidos no segundo semestre acabaram compensando o ano. Os dados da Susep mostram que 2009 não foi um bom ano para todas as companhias. A receita com prêmios do segmento em 2009 foi de R$ 1,25 bilhão, 16,7% abaixo do R$ 1,5 bilhão do ano anterior.
Tanto a Garantec como a Cardif oferecem ao segurado a opção de troca do produto. Isso funciona somente para aqueles com valores mais baixos, como liquidificadores, batedeiras e até mesmo as populares chapinhas. Ao invés de ter o aparelho consertado, o comprador recebe um novo.
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