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Com o aumento, um imóvel que podia ser alugado por R$ 1.000 há um ano, passou a ser oferecido no mercado por R$ 1.100 em março. Já os contratos de inquilinos com aniversário em março e com correção pelo IGP-M passaram para R$ 1.019,40 --diferença de R$ 80,60. O levantamento do Secovi (sindicato da habitação) de São Paulo foi obtido pela Folha.
Na comparação mensal, houve variação de 2% ante fevereiro, a maior desde julho de 2008. O vice-presidente de gestão patrimonial e locação do Secovi, Francisco Crestana, destaca que a recuperação da renda com aluguéis vem ocorrendo nos últimos anos após uma década de estagnação.
"Um dos principais fatores para o aumento dos preços é a baixa oferta de imóveis. Por muitos anos, os proprietários foram desestimulados a colocar as unidades no mercado e muitos preferiram deixar eles fechados".
Segundo ele, as recentes mudanças na Lei do Inquilinato, que tornou as regras de locação mais claras, farão com que mais donos de imóveis aluguem, o que poderá fazer com que esses aumentos desacelerem. Além disso, há unidades que estão em construção e que também poderão ser oferecidas para a locação.
Em relação aos contratos antigos, com reajuste pelo IGP-M, a tendência é de alta, segundo Salomão Quadros, coordenador de Análises Econômicas da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
No ano passado, o indicador fechou em deflação de 1,72%. "Os meses inicias do ano já mostraram que a tendência é de alta, com o IGP-M tendo forte aceleração", diz. Em janeiro o aumento foi de 0,63%, em fevereiro de 1,18% e em março de 0,94%. Entre os fatores de pressão do IGP-M estão os preços de commodities e do atacado.
No entanto, Quadros não acredita que a alta será semelhante a que ocorreu em 2008, quando o índice foi a 9,81%. Ele diz que ficará abaixo disso em 2010, mas não faz estimativas.
O levantamento apontou que a maior alta foi encontrada em unidades de dois dormitórios, de 11,1% nos últimos 12 meses. Em seguida vêm os de um (9,9%) e três dormitórios (8,2%).
No mês passado, o fiador foi a garantia utilizada em metade dos contratos de imóveis analisados na capital, seguido pelo depósito em dinheiro ou caução (30%) e pelo seguro-fiança (20%).
A pesquisa do Secovi mostrou ainda que casas e sobrados demoraram entre 10 e 27 dias para serem alugados, enquanto os apartamentos, de 16 a 34.
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