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A conclusão foi apresentada nesta segunda-feira (12) pela revista científica New Scientist.
Pesquisas anteriores mostraram que estímulos rítmicos parecem criar efeitos de distorção no tempo. E que o jeito como percebemos o movimento depende do contexto.
A partir dessas conclusões, Chris Harrison e sua equipe geraram várias barras de progresso animadas. Algumas pulsavam entre o azul claro e o escuro em várias velocidades. Outras tinham ondas que se moviam para a esquerda ou para a direita em diferentes velocidades enquanto a barra deslizava para a frente.
Depois, os pesquisadores mostraram pares diferentes de animações pulsantes ou onduladas para 20 voluntários. Cada uma delas simulava um download que durava cinco segundos.
Muitos participantes disseram que as barras de progresso que pulsavam cada vez mais rápido fizeram o tempo de download parecer mais curto do que aquelas que pulsavam cada vez mais devagar.
Um número significativo deles disse que os downloads eram mais rápidos quando as ondas na barra de progresso se moviam para a esquerda do que para a direita.
Em uma segunda parte do estudo, os pesquisadores tentaram quantificar o efeito de distorção do tempo das ilusões visuais ao fazer os voluntários compararem uma barra de progresso com ondas lentas com outra que nem pulsava nem ondulava.
Durante os testes, o tempo que a barra de progresso de ondas levou para completar o falso download foi gradualmente alongado, enquanto que o tempo de download para a barra-padrão continuou o mesmo – mas os voluntários disseram ter tido a sensação de que as duas tinham completado a operação no mesmo tempo.
Os pesquisadores descobriram que, em média, uma barra de progresso de ondas de 5,61 segundos levou o mesmo tempo que uma barra-padrão de cinco segundos. E que uma barra de ondas de 16,75 segundos pareceu durar mais tempo do que uma barra-padrão de 15 segundos – uma ilusão que acelerou os efeitos, respectivamente, em 10,9% e 10,4%.
Os pesquisadores concluíram que, como várias barras de progresso duram entre cinco e 15 segundos, “em operações mais demoradas, o usuário pode se concentrar em outras tarefas e deixar de olhar para ela”.
Harrison e sua equipe vão apresentar o trabalho na Conferência sobre fatores Humanos em Sistemas de Computação, na próxima semana, em Atlanta, nos Estados Unidos.
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