Continua após os destaques >>
O governo recebeu uma proposta dos EUA para uma solução negociada da disputa comercial --que envolve a política norte-americana de subsidiar produtores de algodão-- e vai estudá-la antes de decidir se prossegue com as sobretaxas, disse Espíndola. Segundo a secretária, o novo prazo será dado para permitir a continuidade da negociação entre os dois países. Spindola avaliou a “negociação com o governo americano como muito positiva”. Ela diz que já se conseguiram compromissos em três áreas: na criação de fundo para financiar projetos da cultura do algodão brasileiro (com financiamento norte-americano de US$ 147,3 milhões anuais); na negociação de novos termos para o funcionamento do programa de garantias de crédito aos produtos agrícolas americanos; e no reconhecimento do Estado de Santa Catarina como livre da febre aftosa.
Baseada na decisão da OMC (Organização Mundial do Comércio), a medida permitia ao governo brasileiro impor sanções, em função dos subsídios que o governo americano destina aos produtores de algodão do seu país. Ela entraria em vigor na quarta, com o aumento de até 100% nas alíquotas de Imposto de Importação dos 102 produtos, o que poderia gerar um prejuízo de US$ 591 milhões ao ano aos exportadores dos Estados Unidos.
“Esta é a primeira vez em sete anos em que o Brasil tem uma contraproposta concreta”, comemorou Haroldo Cunha, presidente da Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão).
Para Cunha, a verba do fundo deverá ser investida em estudos e pesquisa na cultura do algodão –um dos produtos brasileiros que sofreram com a concorrência desleal norte-americana, em razão de subsídios. Se até o dia 22 forem implementadas as promessas norte-americanas, o Brasil dará um novo prazo de mais 60 dias para uma negociação completa com os EUA.
Principal parceirou
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou que apesar da disputa, os EUA devem voltar a ser o principal parceiro comercial do Brasil em 2010, reassumindo lugar que haviam perdido para a China no ano passado, principalmente devido à crise.u
Amorim estima que os Estados Unidos sejam o destino de 13% das exportações brasileiras em 2010, contra 11% ou 12% da China e 10% da Argentina. "A China deve ficar um pouco abaixo até porque o comércio de manufaturas do Brasil para os EUA, América Latina e Caribe é muito forte, e isso está retomando."u
Destaques >>
Leia mais notícias em andravirtual
Curta nossa página no Facebook
Siga no Instagram