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Com a elevação da carga tributária, a expectativa é que os preços desses veículos tenham um reajuste entre R$ 800 e R$ 2.000, de acordo com concessionários. Hoje, algumas montadoras devem começar a divulgar as novas tabelas.
Para o diretor-superintendente da consultoria Jato Dynamics, Luiz Carlos Augusto, é possível que haja aumentos ainda maiores, depois da onda de descontos que marcou os últimos 15 meses de vigência do IPI reduzido. "Agora, com as tabelas novas, é provável que as montadoras queiram recompor suas margens."
Mas, no curto prazo, ainda não há certeza de como os preços irão se comportar, ressalta o presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), Sérgio Reze. "É difícil prever o que vai acontecer porque isso depende de uma decisão individual de cada montadora."
Segundo o consultor Vitor Meizikas, da Molicar, empresa especializada no mercado automotivo, foi "feito muito alarde sobre aumento de preços, mas, por conta da concorrência acirrada entre as empresas, não será fácil repassar a alta do IPI".
A redução do imposto foi anunciada pelo governo em dezembro de 2008 como medida para contornar a crise global, que secou o crédito e derrubou as vendas do setor automotivo, provocando demissões em massa. Inicialmente, a medida duraria três meses, mas foi prorrogada três vezes. Em novembro de 2009, nas vésperas da conferência sobre o clima em Copenhague, o governo decidiu manter os benefícios para os modelos flex, enquanto retirava a redução do tributo para veículos a gasolina.
Balanço
Durante a vigência do IPI reduzido, foram os segmentos de carros 1.0 e 2.0 que tiveram melhor desempenho no mercado, com com aumento de 15% das vendas no período entre janeiro de 2009 e fevereiro de 2010 -na comparação com os 14 meses imediatamente anteriores-, de acordo com levantamento da Jato Dynamics. Os licenciamentos de veículos 1.6 cresceram 3,28%, enquanto os com motor 1.8 recuaram 1,57%.
"Com a redução do imposto, os consumidores que tinham orçamento para pagar por um carro 1.8 preferiram pular para o 2.0. E, ao mesmo tempo, entraram novos consumidores no mercado em busca de carros populares", disse Augusto.
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