Monterrey e São Paulo não conseguiram cumprir seus papéis e ficaram no empate sem gols na noite desta quarta-feira. O resultado representa a manutenção de tabus particulares, mas pode atrapalhar os clubes no grupo 2 da Copa Libertadores. A igualdade no estádio Tecnológico, no México, faz com que ambos torçam por tropeço do Once Caldas na quinta.
Com o empate, o São Paulo chega aos dez pontos e mantém a liderança da chave, mas pode ser ultrapassado pelo time colombiano em caso de vitória sobre o já eliminado Nacional-PAR, às 23h45 (horário de Brasília) desta quinta-feira. Para o Monterrey, secar o Once Caldas é ainda mais importante. Apenas um tropeço adversário mantém as chances dos mexicanos.
Sem vencer há três partidas, o São Paulo evitou a pior sequência do time desde que o técnico Ricardo Gomes assumiu, em junho de 2009. A equipe do Morumbi não perde três jogos consecutivos desde abril do ano passado. Ao Monterrey restou comemorar a invencibilidade no estádio Tecnológico. Nas últimas 14 partidas, são 11 vitórias e três empates.
Diante de um time mexicano bem modificado em relação ao que foi derrotado por 2 a 0 no Morumbi, o técnico Ricardo Gomes mexeu na equipe. Após reclamar publicamente da reserva, o lateral-direito Cicinho voltou ao time titular no lugar de Jean. O treinador também promoveu o retorno de Jorge Wagner e sacou Léo Lima. A novidade no Monterrey foi a escalação do brasileiro Val Baiano, que também estava descontente no banco.
O técnico Víctor Manuel Vucetich prometeu pressão. E empurrado pela numerosa torcida, o Monterrey apostou na velocidade nos minutos iniciais, mas encontrou a defesa são-paulina bem postada. Ainda nos primeiros minutos, o time tricolor criou sua primeira boa jogada após cobrança de escanteio, que teve resposta imediata dos donos da casa.
Enquanto o Monterrey buscava seus atacantes com lançamentos mais longos, o São Paulo colocou a bola no chão e explorava bem as laterais do campo. Aos 23min, os visitantes tiveram a melhor oportunidade do primeiro tempo. Após boa jogada trabalhada no meio com Jorge Wagner, Cleber Santana encontrou Hernanes na direita. O volante pedalou e cruzou para Washington, que bateu de primeira, mas parou na mão esquerda de Orozco.
A partir daí, o São Paulo ensaiou um domínio na partida, mas não conseguiu transformar em gol. No fim da etapa inicial, o Monterrey então passou comandar o meio-campo e criou mais chances. E os mexicanos só não foram para o intervalo em vantagem porque Rogério Ceni apareceu bem em cabeçada livre de Santana após cruzamento da esquerda de Paredes, aos 42min.
As duas equipes tentavam furar o bloqueio adversário, mas o primeiro tempo foi marcado mesmo pelas boas atuações defensivas. “Nós não deixamos que eles nos pressionassem tanto. Se melhorar um pouquinho mais saímos com a vitória com certeza”, disse Washington a TV Globo na saída para o intervalo.
No entanto, a melhora pedida pelo artilheiro do time na atual Libertadores com cinco gols não aconteceu. O São Paulo assustou nos primeiros minutos do segundo tempo, mas foi pouco agressivo. Ricardo Gomes colocou Fernandinho no lugar de Dagoberto, mas seus comandados não souberam tocar a bola e aceitaram o domínio anfitrião.
O primeiro lance de perigo dos mexicanos veio em jogada de Val Baiano. Aos 12min, o atacante viu a bola cruzar a área em cruzamento da esquerda antes de cabecear e parar em bela defesa de Rogério Ceni.
Mesmo com mais posse de bola, o Monterrey tentou pressionar a seu modo, mas parava na própria falta de qualidade. Com dores na perna direita, Cicinho teve que dar lugar a Jean e Gomes ainda substituiu Hernanes pelo zagueiro Xandão para conter o avanço mexicano.
E o bom desempenho defensivo do São Paulo, aliado às defesa de Rogério Ceni, asseguraram mais um ponto ao time, que ainda sofreu um grande sufoco no fim, mas administrou o resultado até o apito final.
São Paulo e Monterrey empatam, mantêm tabus e secam Once Caldas
São Paulo e Monterrey empatam, mantêm tabus e secam Once Caldas
