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A gigante de Steve Jobs não especificou em quais fábricas as crianças trabalharam, mas acredita-se que os casos podem ter acontecido nas matrizes instaladas na China, onde a maior parte dos produtos da Apple são produzidos. A empresa também tem fábricas em Taiwan, Cingapura, Filipinas, Malásia, Tailândia, República Tcheca e Estados Unidos.
"Em cada uma das três fábricas, fizemos uma revisão dos registros de empregados e uma completa análise do processo de recrutamento para esclarecer a forma como os menores foram contratados", explicou a empresa em um relatório anual sobre os fornecedores. A empresa disse ainda que as crianças já não fazem parte do quadro de funcionários ou foram admitidas por estarem com a idade mínima para trabalhar.
Em 2008, a Apple identificou 25 casos de trabalho de mão-de-obra infantil em suas fábricas de iPhone, iPods e computadores.
Salários inadequados
O relatório da Apple admite que pelo menos 55 das 102 empresas que fornecem bens não estavam cientes das regras que os trabalhadores só podem trabalhar 60 horas por semana, enquanto que na China o máximo permitidas é de 49 horas.
O documento diz ainda que apenas 65% das empresas pagam o salário adequado. Em 24 fábricas, a Apple admite que a remuneração por trabalhador foi abaixo do salário mínimo na China, definido em 800 yuans (US$ 117 ou R$ 212) por mês.
Apesar dos problemas, a companhia sediada nos Estados Unidos não cancelou o contrato com nenhum de seus fornecedores.
Prevenção de acidentes e licença ambiental
Na semana passada, 62 trabalhadores de uma indústria que fabrica produtos para a Apple e para a Nokia foram contaminados por n-Hexano, um componente químico tóxico que pode causar degeneração muscular e problemas na visão. A Apple não comentou sobre o assunto.
No relatório, a empresa admitiu apenas a falta de medidas de prevenção de acidentes em 61% de seus fornecedores, além da ausência da licença ambiental de funcionamento em 57% das fábricas.
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