A Marinha do Chile falhou ao não emitir um aviso de tsunami para as ilhas e regiões litorâneas próximas ao país após o terremoto de magnitude 8.8 que atingiu a nação andina na madrugada de sexta para sábado, disse no domingo, 28, o ministro da Defesa chileno, Francisco Vidal, segundo o canal de notícias CNN.
"A verdade, mesmo que dolorosa, é que uma divisão da Marinha cometeu um erro", disse Vidal. Segundo o ministro, o aviso poderia ter permitido aos moradores das regiões litorâneas fugir para áreas mais altas.
Das 711 mortes causadas pelo tremor contabilizadas até o momento, 541 ocorreram na região do Maule e outras 64 na área de Bio Bio, ambas no litoral chileno. "O que vimos entre as sexta e nona regiões foi um tsunami", disse o ministro, referindo-se à zona centro-sul do Chile.
Mais de 50 países emitiram comunicados de alerta, e as autoridades chilenas só constataram depois que as grandes ondas que atingiram a costa do país foram fruto do deslocamento de água gerado pelo tremor.
A Marinha trabalha com um sistema de emergência no qual capitães de navios em cada porto do país têm o poder de emitir avisos quando o nível do mar começa a subir, mesmo quando os próprios oficiais militares não o fazem. Esse capitães foram justamente os que deram o alarme, alertando os moradores a fugirem e evitando a perda de mais vidas. "Houve um erro. Felizmente, o sistema foi ativado", disse Vidal.
Marinha errou ao não emitir alerta de tsunami, diz ministro
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