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O presidente do Google revelou que, já há algum tempo, a empresa orientou todos os seus engenheiros a desenvolver primeiro as soluções para celulares, e somente depois para computadores pessoais, em todos os seus novos produtos. “É claro que gostamos do conforto de utilizar um navegador de internet na tela grande de um PC. Mas as versões mobile de nossos produtos são as mais importantes para o futuro de nossa empresa, aquelas sobre as quais nos debruçamos primeiro”, afirmou. Schmidt revelou ainda que em alguns países em desenvolvimento, como a Indonésia por exemplo, o número de pesquisas feitas no Google a partir de telefones móveis já supera o de computadores pessoais.
Apontando seu sistema operacional para celulares Android como a peça central na estratégia de crescimento da companhia, o presidente do Google revelou que a cada dia já são vendidos mais de 60 mil celulares baseados nesse software. Os números ainda são bastante tímidos se comparados com os de outros fabricantes. A Nokia, que domina 40% do mercado mundial, espera vender um milhão e meio de aparelhos por dia ao longo de 2010. Mas como apenas no ano passado o sistema do Google amadureceu completamente, chegando à versão 2.01, e só agora vários fabricantes começam a lançar modelos baseados nele, é de se esperar para este ano um crescimento acelerado em sua participação de mercado. O executivo revelou ainda que há 26 modelos de aparelhos Android sendo lançados no momento.
Durante sua apresentação, Schmidt chamou dois engenheiros da empresa para demonstrações da tecnologia Android. Na primeira foram feitas pesquisas na página do Google sem digitar uma palavra, mas apenas falando no telefone celular. Esse recurso já está disponível também para o iPhone, através de um aplicativo gratuito que pode ser baixado na loja online da Apple. Na segunda demonstração, frases em alemão foram traduzidas em tempo real para o inglês. Também foi realizada uma pesquisa a partir de imagens: o engenheiro apontou seu celular para uma foto da Catedral da Sagrada Família em Barcelona, exibida no telão do palco, e em segundos o Google mobile mostrou uma página de resultados de pesquisa igual à que apareceria se o nome da igreja tivesse sido digitado na página do Google.
No final, Schmidt respondeu perguntas dos presentes e passou por alguns momentos difíceis, como quando foi questionado sobre o vazamento de senhas de usuários do Gmail na China. Ele reconheceu o erro, e disse que apesar disso a empresa atuou de maneira transparente frente aos usuários prejudicados. Ele também discordou da afirmação de um membro da audiência, de que o Google está tentando fazer das operadoras de telefonia móvel uma espécie de “canalização burra” para a empresa se comunicar com seus consumidores. “Nós dependemos do sucesso das operadoras. Precisamos de redes de celular cada vez mais inteligentes e balanceadas para oferecer serviços mais sofisticados”, afirmou Schmidt.
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