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O empresário andaradinense Mário Celso Lopes anunciou investimentos de R$ 4 bilhões na construção de uma grande fábrica de celulose na Estância Turística de Ilha Solteira,.
A fábrica, que segundo Lopes vai produzir “apenas celulose e não representa risco de poluição ao rio Paraná”, já teve audiência pública e foi aprovada pelas autoridades ambientais.
Mais uma em Três Lagoas
A nova fábrica de celulose será a segunda no município de Três Lagoas, embora fique distante quase 100 quilômetros da outra construída pela International Paper. Lopes disse que pretendia instalar a fábrica no vizinho município de Selvíria, mas segundo ele não foi possível por causa da análise de impacto social. A cidade escolhida não tem infra-estrutura para suportar uma média de 8 mil trabalhadores, durante dois anos, que é o prazo previsto para conclusão da obra.
A planta aprovada pelas autoridades ambientais do Mato Grosso do Sul fica a 20 minutos da cidade de Ilha Solteira, ou 30 quilômetros pela rodovia que liga Três Lagoas a Aparecida do Tabuado. A distância é pequena e para o empresário, não será impedimento para sentir os reflexos de sua iniciativa.
Friboi é sócio
O projeto tem o nome de Eldorado Celulose S.A. e além de Lopes, tem parceria de uma holding do frigorífico Friboi, classificado como o maior do mundo em abate e comercialização de carne bovina.
Segundo Celso Lopes a decisão de construir a fábrica no Estado do Mato Grosso do Sul não está aliada apenas às vantagens fiscais maiores que em São Paulo, mas especialmente pelas precárias condições do solo e o sucesso das florestas artificiais. “O cerrado foi invadido pela braqueária com a finalidade de criar gado em regime extensivo; mas não houve evolução e o solo ficou degradado”, disse o empresário. “Mas o plantio de eucalipto deu boa resposta, mesmo no solo arenoso e fraco”, acrescentou.
Precocidade agrícola
Enquanto países como a Alemanha e Finlândia precisam de até 30 anos para cortar um pé de eucalipto, no Mato Grosso do Sul eles chegam nessa fase com apenas 7 anos. Os planos de Lopes são de exportar a celulose para países altamente consumidores na Europa e na Ásia. “O processo mais poluente é o da fabricação de papel, mas nós não vamos fazer isso”, afirmou Mário Celso.
Todo processo de licenciamento da fábrica já foi aprovado, segundo ele, e as obras civis devem começar em junho desse ano.
Maior que a VCP
Estão previstos plantio de 100 mil hectares de eucalipto, sendo que 35% desse total já estão sendo cultivados. A tecnologia utilizada é a do clone genético que permite corte da planta a partir dos dois anos, com densidade de 6.666 unidades por hectares, contra as 1.600 unidades que são cultivadas na mesma área atualmente. A capacidade industrial é de 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano. Isso significa 300 mil toneladas a mais que a fábrica da Votorantim, no mesmo município.
Energia Elétrica
Outra novidade anunciada por Mário Celso é que a fábrica tem projetada a utilização da “leguimina”, produto de alta combustão que é extraído da madeira no processo de produção da celulose. Esse elemento residual será capaz de mover turbinas geradoras de uma usina de eletricidade, com a mesma capacidade de uma hidrelétrica como a de Jupiá.
Reflexos em Ilha
“Ilha Solteira pode segurar as calças porque vai sentir o baque econômico desse mega investimento”, disse Mário Celso ao prefeito Edson Gomes em reunião. Segundo Lopes, a cidade de Ilha Solteira deverá abrigar médias e grandes empresas que vão terceirizar centenas de serviços que serão contratados pela Eldorado Celulose.
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