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Sem um número definido de mortos e desaparecidos, as equipes de resgate enfrentam dificuldades para a organização e a locomoção pelas cidades haitianas devido ao estado das ruas e estradas após o terremoto.
A Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah, na sigla em francês), dirigida militarmente pelo Brasil, agora voltou suas atenções para resgatar as vítimas terremoto e garantir a ordem pública nas ruas do país.
"Soldados e policiais da ONU estão em patrulha noite e dia desde que aconteceu o terremoto, para assim manter a ordem e ajudar nas operações de resgate", disse o porta-voz interino da Minustah, Vincenzo Pugliese, em comunicado divulgado na sede da ONU em Nova York.
Pugliese assegurou que a quantidade de vítimas da catástrofe é "enorme", mas não deu números concretos, apontando apenas que há dezenas ou centenas de milhares de pessoas que perderam suas casas.
A Minustah foi criada em 2004 pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas para restaurar a ordem depois da violenta queda e saída do país do ex-presidente Jean Bertrand Aristide. Atualmente, conta com mais de sete mil militares e dois mil policiais, além de quase 1.800 funcionários civis de diferentes países.
Cadáveres nas ruas
Depois do terremoto de terça-feira, seguido por três réplicas menos intensas, as ruas e praças da capital haitiana se transformam em um grande dormitório coletivo na parte da noite.
De dia, essas mesmas pessoas vagam por uma cidade onde os cadáveres apodrecem nas ruas, os feridos esperam um auxílio que não chega e ainda é possível ouvir os lamentos das pessoas presas sob os escombros dos vários edifícios que desabaram.
Em meio a esse panorama, não há autoridade ou ordem. As pessoas se ajudam, enquanto alguns esforçados integrantes de organizações humanitárias tentam aliviar um pouco a situação.
O presidente haitiano, Rene Préval, e os membros de seu gabinete estão em Porto Príncipe, alguns até percorreram as ruas para observar pessoalmente os danos, mas não se reúnem nem tomam decisões, em parte, devido à destruição de muitos dos edifícios públicos e ao fato de que as comunicações não funcionam.
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