Deputado da meia volta para blindar Arruda
Deputado da meia volta para blindar Arruda

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Câmara Legislativa do Distrito Federal voltará aos trabalhos na segunda-feira em meio à disputa entre base governista e oposição para definir os rumos das investigações sobre o suposto esquema de corrupção do governo local, que ficou conhecido como "mensalão do DEM".
O presidente da Casa, Leonardo Prudente (sem partido), que foi filmado guardando dinheiro nas meias, anunciou ontem aos colegas que reassumirá o cargo para conduzir as eleições para as presidências da CPI da Corrupção e da comissão especial que analisará os pedidos de impeachment contra o governador José Roberto Arruda (sem partido), que é apontado no inquérito como chefe do suposto esquema de arrecadação e distribuição de propina no governo do DF.
Em outra frente, o PT, partido de oposição a Arruda, procura saídas regimentais para dar ritmo às investigações. A primeira investida será questionar, em plenário, a permanência de Prudente frente à Casa. Prudente e outros nove deputados respondem a processo disciplinar e podem perder os mandatos. O problema é que, na presidência da Câmara, ele terá de investigar a si próprio.
No requerimento que será apresentado ao plenário o PT alegará que Prudente pediu licença da presidência por 60 dias, mas retornou ao cargo menos de um mês depois e sem comunicar a decisão à Mesa Diretora. Além disso, avalia a líder do PT, Érika Kokay, a volta antecipada de Prudente pode fazer parte de uma estratégia política armada com o governador.
Como pediu desfiliação do DEM e não poderá concorrer nas próximas eleições, Prudente poderia arcar com o prejuízo político de manobrar a favor do governador, que é alvo de três pedidos de impeachment, durante os processos, opina Kokay. O requerimento, no entanto, só poderá ser analisado no próximo dia 2, quando as sessões plenárias serão reabertas.
Outra estratégia do PT será lançar candidatos à presidência da CPI da Corrupção, ao comando da comissão especial e à chefia da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), responsável pela análise dos processos disciplinares contra os deputados envolvidos no esquema. "O PT disputará todos os espaços para que tenha a segurança de que as investigações sejam feitas de fato", disse Kokay. De acordo com a deputada, o PT também pedirá ao Ministério Público do DF que acompanhe a tramitação das investigações.
Para tentar se blindar contra as investidas da oposição, Prudente encomendou à Procuradoria da Casa um parecer sobre o seu retorno. De acordo com o secretário-geral da Câmara, Gustavo Marquez, na condição de presidente ele pode pedir licença e voltar ao cargo a qualquer tempo. Segundo ele, apenas os casos de licença envolvendo suplentes precisam ser analisados pela Mesa.
O presidente da Casa, Leonardo Prudente (sem partido), que foi filmado guardando dinheiro nas meias, anunciou ontem aos colegas que reassumirá o cargo para conduzir as eleições para as presidências da CPI da Corrupção e da comissão especial que analisará os pedidos de impeachment contra o governador José Roberto Arruda (sem partido), que é apontado no inquérito como chefe do suposto esquema de arrecadação e distribuição de propina no governo do DF.
Em outra frente, o PT, partido de oposição a Arruda, procura saídas regimentais para dar ritmo às investigações. A primeira investida será questionar, em plenário, a permanência de Prudente frente à Casa. Prudente e outros nove deputados respondem a processo disciplinar e podem perder os mandatos. O problema é que, na presidência da Câmara, ele terá de investigar a si próprio.
No requerimento que será apresentado ao plenário o PT alegará que Prudente pediu licença da presidência por 60 dias, mas retornou ao cargo menos de um mês depois e sem comunicar a decisão à Mesa Diretora. Além disso, avalia a líder do PT, Érika Kokay, a volta antecipada de Prudente pode fazer parte de uma estratégia política armada com o governador.
Como pediu desfiliação do DEM e não poderá concorrer nas próximas eleições, Prudente poderia arcar com o prejuízo político de manobrar a favor do governador, que é alvo de três pedidos de impeachment, durante os processos, opina Kokay. O requerimento, no entanto, só poderá ser analisado no próximo dia 2, quando as sessões plenárias serão reabertas.
Outra estratégia do PT será lançar candidatos à presidência da CPI da Corrupção, ao comando da comissão especial e à chefia da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), responsável pela análise dos processos disciplinares contra os deputados envolvidos no esquema. "O PT disputará todos os espaços para que tenha a segurança de que as investigações sejam feitas de fato", disse Kokay. De acordo com a deputada, o PT também pedirá ao Ministério Público do DF que acompanhe a tramitação das investigações.
Para tentar se blindar contra as investidas da oposição, Prudente encomendou à Procuradoria da Casa um parecer sobre o seu retorno. De acordo com o secretário-geral da Câmara, Gustavo Marquez, na condição de presidente ele pode pedir licença e voltar ao cargo a qualquer tempo. Segundo ele, apenas os casos de licença envolvendo suplentes precisam ser analisados pela Mesa.