Documentário acusa polícia de já saber dos ataques do PCC

Prestes a estrear na televisão, o documentário São Paulo Sob Ataque pretende abordar fatos pouco comentados ligados aos ataques que o PCC comandou contra autoridades policiais do Estado, entre os dias 14 e 16 de maio de 2006 na capital paulista.

Com estreia marcada para o domingo (29) e produzido pela rede norte-americana Discovery Channel, o filme revela que o estado de SP sabia dos ataques com dez dias de antecedência e não fez nada para contê-los. Com direção de Rodrigo Astiz, as teses do documentário são inspiradas no livro PCC, a Facção, da jornalista Fátima Souza.

A jornalista também chama a atenção para a reação "desproporcional" da polícia. Depois dos ataques, 493 pessoas foram mortas por armas de fogo; 122 eram criminosos ou suspeitos que a polícia afirma terem reagido à prisão. Essas mortes permanecem sem solução e/ou sem investigação. “A polícia cometeu excessos", diz a jornalista.

O documentário ainda exibe que os ataques só pararam após a advogada Iracema Vasciaveo, uma representante dos presos, visitar o líder da organização criminosa Marco Herbas Camacho, o Marcola. Entretanto, segundo a versão oficial do Estado, não foi feito qualquer tipo de acordo com os criminosos.