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Até agora, as complicações cardíacas da gripe, como a miocardite (inflamação do miocárdio), eram bem conhecidas, apesar de não estar clara a influência do vírus nas ocorrências de ataques do coração.
A fim de esclarecer essa relação causa-efeito, os especialistas Charlotte Warren-Gash e Andrew Hayward, do centro de doenças infecciosas e epidemiologia da Universidade de Londres, e Liam Smeeth, da também inglesa Escola de Higiene e Medicina Tropical, revisaram 39 estudos feitos entre 1932 e 2008 sobre a associação entre a gripe e os ataques cardíacos.
O total dos estudos examinados, referentes a todos os níveis populacionais, mostra um aumento de mortes em consequência de ataques cardíacos durante períodos nos quais circulava o vírus da gripe.
As conclusões de vários estudos de observação ofereceram também "associações consistentes entre a gripe e os ataques cardíacos, mas uma ligação mais frágil com a morte cardiovascular", segundo os autores.
Quatro desses oito trabalhos de observação "também mostraram um efeito protetor contra incidentes de ataques cardíacos e mortes cardiovasculares nos que tinham se vacinado contra a gripe".
"Achamos que a vacinação contra a gripe deveria se estimular onde estiver indicado, especialmente naquelas pessoas com doenças cardiovasculares", concluem os especialistas de Londres.
Essa recomendação é "especialmente importante" perante a atual pandemia da gripe e a iminente temporada de gripe comum, quando muita gente costuma se contaminar com o vírus.
Os autores, porém, admitem que são necessárias mais provas sobre a efetividade da vacina da gripe para reduzir o risco de problemas cardíacos em pessoas sem doenças vasculares comprovadas.
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