Com a alegação de que o plano contratado não existe mais, empresas de TV paga forçam a migração para opções mais caras. A medida, considerada ilegal por órgãos de defesa do consumidor, não é assumida pelas operadoras, mas foi relatada por assinantes, segundo reportagem da “Folha de S. Paulo”.
No Procon-SP, o número de queixas revela a insatisfação: as empresas de televisão por assinatura estão entre as que mais recebem reclamações, atrás apenas das de telefonia.
A engenheira de software Debora Theodoro recebeu no dia 21 de agosto um e-mail informando que o plano da Net, no Rio, estava sendo descontinuado e seria substituído por outro, com mais canais de filmes, mas sem outros 14. O valor da mensalidade subiria até 8%. “O email dá a entender que, a qualquer momento, eles vão mudar o plano e eu terei de pagar mais caro. Eles querem que eu pague mais e ainda dizem que alguns canais ficarão indisponíveis.”
Já a professora Vera Lúcia da Rocha Santos diz ter recebido um telefonema da Net avisando que precisava trocar seu receptor analógico, por um digital. Quando a conta chegou, o plano tinha passado de cerca de R$ 150 para mais de R$ 200, e o ponto adicional, antes gratuito, agora custava R$ 25.
Outro lado
Net e Sky afirmam que seus clientes não são prejudicados quando um pacote de TV deixa de ser comercializado. Apesar dos problemas relatados, ambas afirmam que o serviço contratado fica inalterado pelo tempo que o assinante desejar.
Para o Procon, porém, o cliente que se sentir lesado deve procurar os órgãos de defesa do consumidor.
TV paga impõe migração para pacotes mais caros
TV paga impõe migração para pacotes mais caros
