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Além disso, os presidentes, reunidos em Bariloche, na Argentina, pediram que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, esclareça seu acordo militar com a Colômbia. O acordo prevê a presença de tropas dos Estados Unidos em território sul-americano.
Brasil, Argentina, Equador e Peru foram as nações que pediram com mais ênfase explicações sobre os alcances desse acordo, e o presidente Luiz Inacio Lula da Silva chegou a requisitar polidamente a seu colega colombiano, Alvaro Uribe, garantias de que as operações ficarão limitadas a seu território.
Transparência no encontro
O encontro, a portas abertas, durou mais de cinco horas, durante as quais o Equador, a Venezuela e a Bolívia mantiveram sua postura mais radical, de total recusa à presença militar americana.
Mas os governos mais moderados, como Chile, Paraguai e Peru também deixaram claro que é preciso uma clareza nos assuntos de segurança, num momento em que a Colômbia abre sete de suas bases a tropas americanas, quando o gasto da defesa regional superou os 50 bilhões de dólares anuais.
Um primeiro indício de consenso foi demonstrado na abertura da sessão de trabalho, quando a presidente anfitriã, a argentina Cristina Kirchner, pediu que se fixe uma doutrina comum frente à instalação de bases de um país alheio à região.
Já o presidente venezuelano Hugo Chávez insistiu em sua retórica já conhecida e denunciou que o uso de bases militares na Colômbia faz parte de uma estratégia global de guerra idealizada pelos Estados Unidos.
Gastos militares
A onda de preocupação também foi acompanhada por estatísticas sobre gastos militares na região, em que o Brasil está comprando da França submarinos - um deles nuclear - e renova seus caças, enquanto que a Colômbia recebe a maior ajuda militar dos Estados Unidos depois de Israel e Egito.
A Bolívia, apesar de estar mergulhada na pobreza, investe 100 milhões de dólares em sua segurança e a Venezuela gastou 4,4 bilhões de dólares em aviões, helicópteros e fuzis.
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