Raízen vende 55 usinas de geração distribuída por R$ 600 milhões e foca em operações essenciais

Raízen conclui venda bilionária em geração distribuída e encerra parceria com Grupo Gera

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Raízen - Foto: Divulgação
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A Raízen finalizou nesta semana a venda de 55 usinas de geração distribuída (GD), em um montante estimado em R$ 600 milhões. O acordo foi firmado com a Thopen Energia, que adquiriu 44 plantas, e o Grupo Gera, que ficou com 11, totalizando uma capacidade instalada de cerca de 142 MWp.

Os pagamentos serão realizados conforme a efetiva transferência de cada ativo, com previsão de conclusão até março de 2026. A transação também marca o fim da parceria entre Raízen e Grupo Gera, que mantinham uma joint venture voltada ao desenvolvimento de projetos de GD e soluções para gestão energética.

A iniciativa faz parte de uma estratégia de reciclagem de portfólio, com o objetivo de reforçar o capital da companhia, reduzir o endividamento — que ultrapassou R$ 30 bilhões ao término da safra 2024/25 — e concentrar investimentos nas áreas consideradas estratégicas: produção de açúcar e etanol e distribuição de combustíveis.

O movimento acontece em um momento de rápida consolidação do mercado de geração distribuída no Brasil. De acordo com a consultoria Greener, o número de ativos negociados nesse segmento saltou de 90 para 125 no primeiro semestre de 2025, um crescimento de quase 40% em relação ao mesmo período do ano anterior. Atualmente, a capacidade instalada em sistemas GD já ultrapassa 40 GW, impulsionada por políticas tarifárias incentivadoras e pela entrada de novos players especializados e fundos de investimento.

Para a Thopen, a compra representa um salto de escala: a empresa passará a contar com 165 usinas, alcançando 550 MWp sob gestão até o fim de 2025, com investimentos de R$ 1,5 bilhão no ano. Já o Grupo Gera reforça sua posição no setor com os 11 ativos adquiridos.

O desinvestimento da Raízen evidencia uma redefinição estratégica: ao abrir mão da geração distribuída, a companhia concentra seus esforços nas operações consideradas essenciais, enquanto novos protagonistas assumem a liderança nesse mercado em expansão.

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