Em coluna, Sarney critica a ´´sociedade de comunicação`` que causa a ´´tortura moral``
Em coluna, Sarney critica a ´´sociedade de comunicação`` que causa a ´´tortura moral``

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Alvo de uma série de denúncias - nepotismo através de atos secretos, desvio de verbas públicas da Fundação José Sarney e de não declarar propriedades à Justiça Eleitoral -, o peemedebista escreveu que “hoje, com a sociedade de comunicação, os princípios da guerra aplicados à política são mais devastadores do que a guilhotina da praça da Concorde”.
Sarney escreve às sextas-feiras no jornal e, até então, ainda não havia mencionado em sua coluna, de forma direta ou indireta, a presença diária de denúncias no noticiário envolvendo ele e a sua família. “O adversário deve ser morto pela tortura moral disseminada numa máquina de repetição e propagação, qualquer que seja o método do vale-tudo, desde o insulto, a calúnia, até a invenção falsificada de provas”, afirmou.
Na coluna intitulada “O Fim dos Direitos Individuais”, o maranhense questiona: “como julgar uma democracia em que não se tem lei de responsabilidade da mídia nem direito de resposta, diante desse tsunami avassalador da internet e enquanto a Justiça anda a passos de cágado? Como ficam os direitos individuais, a proteção à privacidade, o respeito pela pessoa humana?”.
Na quarta-feira, o jornal “Correio Braziliense” publicou reportagem afirmando que Sarney contratou uma equipe de jornalistas para realizar uma campanha de contrainformação na internet. A equipe, que receberia em dinheiro, teria como missão escrever comentários positivos a respeito do político em blogs e sites, usando nomes falsos.
Diante do incessante surgimento de denúncias, até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vinha defendendo publicamente Sarney, parou de fazê-lo e disse ontem que a permanência do peemedebista na presidência do Senado não é problema dele.