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Justiça decreta falência da Leader após dívida de R$ 1,2 bilhão e descumprimento de plano judicial

A Justiça do Rio de Janeiro decretou a falência do Grupo Leader, tradicional rede varejista fundada em 1951, após o descumprimento do plano de recuperação judicial aprovado em 2021.

Justiça decreta falência da Leader após dívida de R$ 1,2 bilhão e descumprimento de plano judicial - Fachada de uma das lojas Leader no Rio de Janeiro: rede chegou a operar com mais de 100 unidades pelo Brasil - Lojas Leader/Divulgação
Fachada de uma das lojas Leader no Rio de Janeiro: rede chegou a operar com mais de 100 unidades pelo Brasil - Lojas Leader/Divulgação
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 A decisão marca o fim de uma das maiores redes de lojas de departamento do país, que já operou com mais de 100 unidades em nove estados brasileiros.

A 3ª Vara Empresarial da Capital do Rio de Janeiro decretou oficialmente a falência do Grupo Leader, encerrando a trajetória de mais de sete décadas da rede de lojas de departamento. A decisão foi tomada após a constatação do descumprimento reiterado das obrigações previstas no plano de recuperação judicial homologado em maio de 2021, que envolvia uma dívida de aproximadamente R$ 1,2 bilhão.

O juiz Leonardo de Castro Gomes afirmou, na sentença, que foram concedidas diversas oportunidades para que a empresa reorganizasse suas finanças, sem sucesso. Segundo ele, a continuidade das operações da rede, nas atuais condições, comprometeria a confiança no sistema jurídico e econômico.

Fundada em 1951, em Miracema, no interior do Rio, a Leader alcançou o auge em 2018, quando operava 104 lojas espalhadas por nove estados brasileiros, incluindo filiais em São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Sergipe. A rede ficou conhecida por oferecer moda, cama, mesa, banho e eletrodomésticos a preços acessíveis.

O Grupo Leader é composto pelas empresas União de Lojas Leader S.A., Companhia Leader de Promoção e Vendas, Leader.com.br S.A. e ULL Moda Ltda. Nenhuma das companhias envolvidas se manifestou publicamente até o momento.

O processo de falência também atinge os empregos e os contratos ainda ativos da empresa, cuja administração deverá agora ser assumida por um administrador judicial nomeado pelo tribunal. Os próximos passos incluem a apresentação da relação de credores, avaliação dos bens da empresa e eventual leilão para pagamento das dívidas.

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