Aumento dos Preços do Café Gera Problema de Segurança no Sul de Minas Gerais
O aumento expressivo no preço do café tem gerado uma preocupação crescente entre os produtores no sul de Minas Gerais.

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A valorização do grão, que passou de uma média de R$ 1 mil por saca em 2024 para até R$ 2,5 mil em 2025, tem atraído criminosos e elevado os índices de furtos e roubos nas lavouras da região, conforme destacou o JN.
A cafeicultora Alessandra Peloso, que há mais de 30 anos cultiva café em Boa Esperança, município com cerca de 41 mil habitantes, foi vítima de criminosos três vezes desde que o preço do café começou a subir em junho de 2024. O último furto ocorreu em janeiro de 2025, quando ladrões levaram 170 sacas de um café premiado que estava armazenado em seu armazém. Somente após os crimes, ela precisou investir em segurança.
Apesar da crescente onda de furtos, ainda não há estatísticas específicas sobre esses crimes em lavouras de café. Esse é um dos principais pedidos dos produtores rurais, que solicitam maior atenção das autoridades e a realização de rondas policiais noturnas, especialmente durante o período da colheita, que se inicia no fim de abril.
Diante desse cenário, produtores do sul de Minas Gerais buscam alternativas para reforçar a segurança, como a instalação de câmeras, contratação de vigilância privada e a formação de grupos de comunicação entre os cafeicultores para alertar sobre movimentações suspeitas. No entanto, eles ressaltam a necessidade de um apoio mais efetivo do poder público para garantir a proteção do setor cafeeiro, que tem papel fundamental na economia da região e do Brasil.
A expectativa é que as autoridades estaduais e municipais tomem medidas concretas para inibir a ação de criminosos e garantir a tranquilidade dos produtores, que já enfrentam desafios climáticos e de mercado. Enquanto isso, a insegurança continua sendo uma realidade preocupante para quem vive da cafeicultura no sul de Minas Gerais.