Cosan avalia diluição na Raízen e venda de usinas
A Cosan, holding do empresário Rubens Ometto, admitiu que estuda a possibilidade de diluição de sua participação na Raízen, uma das gigantes do setor de distribuição de combustíveis, açúcar e bioenergia.

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A declaração foi feita durante uma teleconferência com analistas, na qual a companhia também negou qualquer intenção de injetar capital na controlada, conforme destacou o Globo Rural.
De acordo com Rodrigo Araújo, diretor financeiro da Cosan, a empresa avalia a possibilidade de entrada de novos sócios, além da venda de alguns ativos da Raízen, incluindo suas usinas. "Avaliamos, sim, eventuais alternativas de entrada de sócios", afirmou Araújo durante a conferência com investidores, realizada após a divulgação dos resultados não auditados da empresa.
A companhia justificou essa estratégia como parte de um plano para reduzir sua alavancagem financeira. "Dada nossa alavancagem em Cosan, temos disposição em sermos diluídos. A companhia não tem hoje capital para alocar", explicou Araújo.
O CEO da Cosan, Marcelo Martins, reforçou que a holding não pretende injetar recursos na Raízen. "Não vamos colocar dinheiro na Raízen. Nossa prioridade é a redução da alavancagem da Cosan", enfatizou Martins.
Essa movimentação da Cosan ocorre em um momento desafiador para o setor de bioenergia, que enfrenta oscilações nos preços do açúcar e etanol, além de incertezas regulatórias. A entrada de novos investidores e possíveis desinvestimentos podem redesenhar a estrutura da Raízen, impactando o mercado como um todo.
A possibilidade de diluição e venda de ativos da Raízen será acompanhada de perto pelo mercado e pelos acionistas. Novas definições devem surgir nos próximos meses, conforme a Cosan avança em suas estratégias financeiras.