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Com um investimento de R$ 3,5 bilhões, a expectativa é que a unidade entre em operação até 2028, revolucionando a produção nacional de fertilizantes e impulsionando a economia regional. Conforme destacou o portal RCN67.
Retomada da UFN-3: um marco na produção de fertilizantes
A construção da UFN-3 teve início em 2011, mas foi interrompida em 2015, quando já estava 81% concluída. Agora, com a retomada das obras, a Petrobras pretende fortalecer a produção de insumos essenciais para a agricultura brasileira, reduzindo a dependência de importação e aumentando a segurança do abastecimento no país.
A unidade terá capacidade de produção anual de 1,2 milhão de toneladas de ureia e 70 mil toneladas de amônia, componentes fundamentais para o agronegócio. A localização estratégica de Três Lagoas, próxima aos grandes polos agrícolas e com acesso facilitado a insumos como gás natural e água, contribuirá para a eficiência logística da unidade.
Impacto econômico e social
Além do impacto direto na produção de fertilizantes, a Petrobras também anunciou a criação do Programa de Capacitação Autonomia e Renda, que oferecerá formação profissional para até 4 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social. O programa é uma parceria com o Sesi-Senai e Institutos Federais e tem como objetivo qualificar a mão de obra local para atender às demandas da UFN-3 e outros projetos da Petrobras.
Os cursos serão gratuitos e abrangerão desde formação inicial e continuada (FIC) até cursos técnicos para quem já concluiu o Ensino Médio. Durante o treinamento, os participantes receberão bolsa-auxílio e, para mulheres com filhos de até 11 anos, haverá um suporte financeiro adicional.
Benefícios para o agronegócio
A retomada das obras da UFN-3 também trará impactos positivos para a cadeia produtiva do agronegócio brasileiro. A produção de fertilizantes na unidade atenderá principalmente os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e São Paulo, reduzindo os custos de importação e transporte desses insumos.
Atualmente, o Brasil importa cerca de 85% dos fertilizantes que consome. Com a operação da UFN-3, essa dependência será reduzida, fortalecendo a competitividade da agricultura nacional.
Perspectivas futuras e investimentos da Petrobras
A retomada das obras da UFN-3 faz parte de um planejamento estratégico da Petrobras para expandir seus investimentos em diversas áreas, incluindo fertilizantes, refino, logística, gás e energias renováveis. Durante o Fórum Brasil de Energia, realizado no Rio de Janeiro, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou que a empresa tem como meta crescer 60% até 2050, alinhando-se às necessidades econômicas do Brasil.
A conclusão da UFN-3 e a ampliação da produção nacional de fertilizantes representam um passo estratégico para garantir maior autonomia ao setor agrícola brasileiro. A iniciativa também fortalece a economia regional, gera empregos e impulsiona o desenvolvimento social.
Com o investimento de R$ 3,5 bilhões e a expectativa de conclusão até 2028, a UFN-3 se torna um dos principais projetos da Petrobras para garantir a segurança alimentar e a competitividade do agronegócio brasileiro nos próximos anos.