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Mensagem de Fim de Ano: AEAR
Inocência, com apenas 8 mil habitantes, está prestes a viver uma transformação sem precedentes.
O Projeto Bilionário
Localizada a 330 km de Campo Grande, Inocência é conhecida por sua tranquilidade e baixa densidade populacional. Contudo, essa característica não impediu que a cidade fosse escolhida pela Arauco para abrigar uma das maiores fábricas de celulose do Brasil.
Com obras de terraplanagem previstas para o segundo semestre de 2024 e o início da construção industrial em 2025, a expectativa é de que o projeto traga profundas mudanças à região.
O prefeito Antônio Ângelo Garcia dos Santos, o Toninho da Cofapi, já está se mobilizando para preparar a cidade. “Nosso objetivo é evitar que a infraestrutura da cidade seja sobrecarregada e que os sistemas de saúde entrem em colapso”, afirmou.
Uma das estratégias adotadas foi a criação de uma legislação municipal que proíbe construções nos arredores do canteiro de obras. Além disso, os trabalhadores temporários serão acomodados em um alojamento a 40 km da cidade, minimizando os impactos diretos na infraestrutura urbana.
Os Possíveis Impactos Econômicos e Sociais
Para entender o que pode estar por vir, é importante observar o caso de Ribas do Rio Pardo, outro município do Mato Grosso do Sul, que recebeu uma fábrica da Suzano em 2021.
Na época, a cidade enfrentou:
- Crescimento populacional acelerado, passando de 21 mil para 35 mil habitantes.
- Inflação imobiliária, com aluguéis que saltaram de R$ 700 para R$ 2,5 mil.
- Sobrecarga na infraestrutura, que precisou de parcerias com a empresa para reforçar saúde, segurança e assistência social.
Embora esses desafios tenham sido significativos, a administração de Ribas conseguiu implementar soluções que podem servir de modelo para Inocência.
Oportunidades e Riscos
Por um lado, a fábrica promete gerar milhares de empregos diretos e indiretos, impulsionar o comércio local e atrair novos investimentos. Por outro, a cidade pode enfrentar problemas como aumento no custo de vida, pressão sobre serviços públicos e mudanças na dinâmica social.
A experiência de Ribas do Rio Pardo demonstra que, com planejamento estratégico e parcerias público-privadas, é possível mitigar os impactos negativos e maximizar os benefícios econômicos.
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