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O relatório anual sobre a incidência do greening, uma doença devastadora para a citricultura, revela um aumento significativo de 56% em 2023, saltando de 24,42% no ano anterior para alarmantes 38,06%. Com 77,2 milhões de árvores doentes de um total de 202,8 milhões de laranjeiras nas áreas analisadas, este é o 6º ano consecutivo de expansão da doença e o maior aumento percentual desde 2008.
Segundo a Reuters, a doença ameaça encolher as próximas safras do maior produtor mundial e exportador de suco de laranja, com a escassez da fonte de vitamina C fortalecendo um mercado que já registra os preços mais altos da história.
O Que É o Greening:
O greening, ou Huanglongbing (HLB), é uma doença causada por uma bactéria transmitida pelo inseto psilídeo. Esta patologia é considerada a mais danosa para a citricultura global devido aos seus efeitos devastadores nas árvores de laranja. Quando uma árvore é infectada, sua produtividade pode ser drasticamente reduzida, chegando a ser até 60% menor em comparação com árvores saudáveis, de acordo com pesquisas conduzidas pela instituição de pesquisa Fundecitrus.
A Disseminação Implacável:
A disseminação implacável do greening não poupou nenhuma região e afetou propriedades de diversos portes, de acordo com a Fundecitrus. As regiões mais afetadas incluem Limeira (73,87%), Brotas (68,53%), Porto Ferreira (59,65%), Duartina (55,66%) e Avaré (54,79%). A região de Altinópolis também ingressou neste grupo com uma incidência de greening alarmante de 40,60%. Entre essas áreas, Duartina, Altinópolis, Avaré e Brotas experimentaram os maiores aumentos percentuais em relação ao ano anterior.
A Propagação Persistente:
Mesmo em áreas com menor incidência, como Votuporanga (1,77%) e Triângulo Mineiro (0,35%), houve um aumento da doença. Regiões que costumavam manter níveis mais baixos de greening também estão enfrentando desafios crescentes.
Chamado à Ação:
Juliano Ayres, gerente-geral do Fundecitrus, ressalta a urgência de abordagens estratégicas para conter a propagação da doença neste momento crucial. A situação exige a colaboração de todos os envolvidos na citricultura, desde os produtores individuais até as autoridades governamentais.
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